Tese de doutorado
Implante transcateter de valva aórtica versus troca valvar aórtica para estenose aórtica importante em pacientes de alto risco: revisão sistemática e metanálise
Fecha
2014-09-30Registro en:
ARAUJO, Andre Telis de Vilela. Implante transcateter de valva aórtica versus troca valvar aórtica para estenose aórtica importante em pacientes de alto risco: revisão sistemática e metanálise. 2014. 170 f. Tese (Doutorado em Saúde Baseada em Evidências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2014.
2014-0847.pdf
Autor
Araujo, Andre Telis de Vilela [UNIFESP]
Institución
Resumen
Background: stenosis of the aortic valve is the main valvulopathy in patients undergoing valve replacement. Despite the evidence of surgery procedure could offer best results, just one third of patient didn´t undergo valve replacement. Transcatheter aortic valve implantation (TAVI) is the use of a valve device, which is either expanded by balloon or self-expandable, in which a porcine valve or bovine pericardium is incorporated inside the catheter. To address a share of the population with high prevalence of aortic stenosis TAVI is been used as less risk procedure. Objective: to assess the effectiveness and safety of TAVI compared with aortic valve replacement in patients with severe aortic stenosis with high-risk of death. Methods: Cochrane Systematic Review of Randomized Control Trials. We searched CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, LILACS and Web of Science. The search is current to May 2014. Two studies involving 1446 participants, participants were aged over 78 years old, proportion of male varied in 52.74% to 57.08%. Logistic EuroSCORE varied from 17.6±13.0 to 29.3±16.5. One study used balloon expandable device (Edwards Sapiens Lifesciences) via transapical or transfemoral access and the other study used self-expandable device (CoreValve - Medtronic) just from transfemoral access. No significant difference was found to mortality, neurologic events, peri-procedure myocardial infarction and acute kidney injury. Bleeding complications occurred less significantly in the TAVI was used. Vascular complications and paravalvar regurgitation was less significant in the control group. Authors' conclusions: the number of trials investigating the use of TAVI for aortic stenosis is small, and the number of participants and outcomes in these RCTs is limited. Furthermore, the included trials are at a high risk of bias. More RCTs are needed to assess the benefits and harms of TAVI for high-risk patients with aortic stenosis. Such trials ought to be conducted with low risks of systematic and random error. Contexto: estenose aórtica é a principal valvopatia em pacientes submetidos à troca valvar. A prevalência de doença valvar degenerativa é de 2,5% em pacientes com mais 75 anos. Apesar de o procedimento cirúrgico oferecer os melhores resultados, um terço dos pacientes não são encaminhados para a cirurgia. O implante transcateter de valva aórtica (TAVI) é uma técnica que utiliza um dispositivo valvar, expansível por balão ou auto-expansível, e onde uma valva de pericárdio bovino ou porcino é incorporada dentro de um cateter. TAVI vem sendo direcionado para uma parcela da população com alta prevalência de estenose aórtica grave e alto risco cirúrgico.Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança do TAVI comparado à troca valvar aórtica convencional em pacientes portadores de estenose aórtica grave de alto risco. Métodos: revisão sistemática Cochrane de ensaios clínicos randomizados com metanálises. As bases de dados eletrônicas utilizadas para a busca de estudo foram: CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, LILACS e WEB OF SCIENCE. Resultados: foram incluídos dois estudos com risco incerto de viés, totalizando 1.446 pacientes com mais de 78 anos de idade, proporção de homens entre 52,74% e 57,08% e EuroSCORE logístico entre 17,6±13 e 29,3±16,5. Um estudo usou dispositivo expansível por balão (Edwards Sapiens) via transapical ou transfemoral e o outro utilizou dispositivo auto-expansível (CoreValve) por acesso transarterial exclusivo, ambos comparados com à troca valvar aórtica convencional (controle). Nenhuma diferença foi encontrada entre as intervenções comparadas quanto à mortalidade, risco de eventos neurológicos, de infarto do miocárdio e de insuficiência renal. O risco de sangramento foi menor no grupo TAVI. Os pacientes do grupo controle tiveram menos complicações vasculares e menos regurgitação paravalvar em relação do grupo TAVI. Conclusão: a qualidade da evidência analisada não permite excluir possíveis erros sistemáticos, a significância das observações depende do modelo estatístico empregado e os estudos incluídos apresentam risco de viés incerto. O número de estudos investigando a utilização de TAVI é pequeno e o número de participantes e os desfechos avaliados são limitados. Estudos futuros, com maior rigor metodológico, ainda são necessário para verificar os benefícios e riscos do uso de TAVI para pacientes de alto risco com estenose aórtica grave.