Dissertação de mestrado
Biometria e sintopia da arteria epigastrica superior
Fecha
2005Registro en:
São Paulo: [s.n.], 2005. 91 p.
epm-20050826100019GARCIA.pdf
Autor
Rocha, Amauri Clemente da [UNIFESP]
Institución
Resumen
Tem-se demonstrado que os vasos da parede anterior do abdome, em especial as artérias epigástricas superiores, podem ser lesados em diversos procedimentos cirúrgicos. Os procedimentos videolaparoscópicos têm uma chance maior de produzir injúrias nestes vasos, uma vez que, a maioria dos trocáteres, utilizados nestes procedimentos são introduzidos através da parede anterior do abdome, próximo ou no trajeto destes vasos. Assim, diversos procedimentos podem provocar lesões nestas artérias, produzindo desde pequenos hematomas à procedimentos cirúrgicos para ligadura destes vasos. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho, é estudar a relação da artéria epigástrica superior e de seus ramos lateral e medial com a linha mediana e a margem lateral do músculo reto do abdome. MÉTODO: Foram estudados 32 cadáveres adultos, não fixados, do sexo masculino, brancos e não brancos cedidos à Universidade Federal de Alagoas e Fundação Universitária de Ciências da Saúde de Alagoas e mensurados à distância da artéria epigástrica superior e de seus ramos lateral e medial à linha mediana e à margem lateral do músculo reto do abdome. Foi mensurado também o comprimento das artérias epigástricas superiores visíveis à dissecação, o comprimento e a largura do espaço xifoumbilical, à distância entre as cartilagens costais das sétimas costelas e a medida do ângulo infra-esternal. Foram obtidas as média e o desvio padrão de todas as variáveis. Para a análise univariada e multivariada, foi usado o coeficiente de determinação (R2) para um p≤0,05 determinando significância estatística. RESULTADOS: À distância das artérias epigástricas superiores à linha mediana encontravam-se entre 02 cm e 10 cm com média 4,0 cm (±3,18DP) à direita e entre 1,5 cm e 09 cm com média 3,27cm (±3,24DP) à esquerda. À distância dos ramos laterais das artérias epigástricas superiores direita e esquerda à linha mediana estavam entre 1,4 cm e 7,8 cm com média de 4.23 cm (±1,47DP) e entre 2,5 cm a 8,2 cm com média de 5,18 cm (±2,05DP) respectivamente. Os ramos mediais das artérias epigástricas superiores distaram da linha mediana em 2,0 cm a 6,8 cm com média de 3,36 cm (±1,45DP) à direita e em 2,0 cm e 5,1 cm com média de 2,96 cm (±1,25DP) à esquerda. À distância entre as artérias epigástricas superiores direita e esquerda e a margem lateral do músculo reto do abdome encontrava-se entre 2,4 cm 12,6 cm com média de 6,25 cm (±2,94DP) e entre 1,5 cm e 16,8 cm com média de 7,38 cm (±3,19DP) respectivamente. À distância entre os ramos laterais das artérias epigástricas superiores à margem lateral do músculo reto do abdome encontrava-se entre 3,2 cm e 13,6 cm com média de 6,23 cm (±3,80DP) e entre 2,4 cm e 8,2 cm com média de 5,31 cm (±1,55DP) à direita e à esquerda respectivamente. À distância entre os ramos mediais das artérias epigástricas superior direita e esquerda à margem lateral do músculo reto do abdome encontrava-se entre 2,4 cm e 10,2 cm com média de 5,31cm (±1,55DP) e entre 1,5 cm e 4,9 cm com média de 3,58 cm (±1,10DP), respectivamente. A análise univariada demonstrou forte correlação com a variável largura do músculo reto do abdome pelo lado direito e com o comprimento do músculo reto do abdome pelo lado esquerdo. Na análise multivariada, demonstrou-se, que há forte correlação com à distância da artéria epigástrica superior com a margem lateral do músculo reto do abdome com significância