Trabalho de conclusão de curso de graduação
Influência da dieta hiperlipídica materna na pré-concepção e normolipídica durante gestação e lactação nos parâmetros de homeostase energética da prole aos 21 dias de vida
Fecha
2023-07-04Registro en:
ANDRADE, Brendha Silva. Influência da dieta hiperlipídica materna na pré-concepção e normolipídica durante gestação e lactação nos parâmetros de homeostase energética da prole aos 21 dias de vida. 2023. 31 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Nutrição) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2023.
Autor
Andrade, Brendha Silva [UNIFESP]
Institución
Resumen
A nutrição materna é um fator ambiental determinante no crescimento e desenvolvimento fetal. A dieta hiperlipídica (HF) materna pode causar resistência a ação de hormônios como leptina, insulina e adiponectina, afetando o metabolismo lipídico, glicídico e a função hipotalâmica da prole. Diferentes ácidos graxos têm respostas distintas no desenvolvimento dos descendentes. A dieta materna baseada em ácidos graxos saturados (AGS) pode ter repercussão negativa para o desenvolvimento e metabolismo da prole, já a dieta baseada em ácidos graxos ômega-3 (PUFA-n3) pode melhorar os parâmetros prejudicados pela dieta materna hiperlipídica. O objetivo desse estudo é avaliar o impacto da dieta materna hiperlipídica no período pré-concepção e a modificação da dieta durante a gestação e lactação na regulação da homeostase energética e a diferença da resposta sexo- específica da prole. Para isso, foi avaliado na prole macho e fêmea: o ganho de peso e comprimento; peso relativo do hipotálamo; conteúdo de proteína e gordura da carcaça; soma dos tecidos adiposos brancos viscerais e concentração sérica de insulina, adiponectina, leptina, LPS, PYY e GLP-1. Podemos observar que a dieta materna antes da concepção é capaz de afetar a prole tanto macho quanto fêmea, mesmo havendo alteração da dieta durante a gestação e lactação. Sendo que a fonte de ácido graxo mostrou-se importante assim como a quantidade. Apesar de alguns parâmetros do metabolismo energético não estarem alterados na fase de desmame, o aumento da adiposidade visceral e alterações nos níveis de GLP-1 nos grupos de mães que foram alimentadas com dieta hiperlipídica e/ou dieta baseada em AGS são indícios de prejuízos e de susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas nas fases posteriores da vida. Além disso, o estudo pode apontar diferenças entre as respostas dos machos e fêmeas. Resultados que são promissores para intervenções mais assertivas visando a prevenção da obesidade e outras doenças crônicas.