Tese de doutorado
Indução de neurogênese por peptídeo sintético análogo à leptina
Fecha
2021Registro en:
Massinhani, F.H. Indução de neurogênese por peptídeo sintético análogo à leptina. São Paulo, 2021. 111 p. Tese ( Doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Molecular) - Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2021.
Autor
Massinhani, Fernando Henrique
Institución
Resumen
O aumento da longevidade ocasionou aumento no número de indivíduos que chegam a uma idade crítica para ocorrência de doenças neurodegenerativas, entre essas, a doença de Alzheimer. Dentre os casos de demência associados ao envelhecimento, a doença de Alzheimer é a forma mais prevalente, e caracteriza-se pela presença combinada de placas extracelulares formadas pelo peptídeo β-amilóide e emaranhados neurofibrilares intracelulares compostos por proteína Tau anormalmente hiperfosforilada. A leptina, inicialmente descrita como hormônio responsável pelo controle da ingestão de comida e gasto energético, também possui outras importantes funções fisiológicas relacionadas à atividade, proliferação e proteção neuronal. Com a descoberta de que a neurogênese persiste no cérebro de mamíferos adultos, incluindo regiões cerebrais afetadas pela doença de Alzheimer, diversos estudos visam estimular a neurogênese fisiólogica como possível tratamento para doenças neurodegenerativas com o intuito de reparar e/ou impedir a perda de neurônios. Tendo em vista o potencial neurogênico da leptina e os resultados anteriormente observados em nosso laboratório, este estudo teve como principal objetivo analisar e comparar a ação da leptina com a ação de peptídeos sintéticos análogos à leptina na proliferação e diferenciação celular em dois nichos neurogênicos, a zona subventricular e o hipocampo. Utilizando imuno-histoquímica, nós observamos que a administração de leptina aumentou a proliferação e diferenciação de células-tronco neurais na zona subventricular dos ventrículos laterais de camundongos adultos e idosos. Dentre os peptídeos análogos à leptina testados, o peptídeo 4 (Pep4; Ac-V-L-A-f-S-K-S-S-X-L NH2) apresentou atividade mais semelhante à da leptina, mostrando maior indução de neurogênese tanto in vitro como in vivo. Este estudo sugere que análogos da leptina possam ser utilizados no tratamento da doença de Alzheimer.