Tese de doutorado
Efeitos da luz infravermelha monocromática sobre os níveis de dor neuropática em pessoas com diabetes mellitus: ensaio clínico randômico e controlado
Fecha
2021-10-26Registro en:
OGGIAM, D.S. Efeitos da luz infravermelha monocromática sobre os níveis de dor neuropática em pessoas com diabetes mellitus: ensaio clínico randômico e controlado. São Paulo, 2021. 172 f. Tese ( Doutorado em Enfermagem) - Escola Paulista de Enfermagem (EPE), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2021.
Autor
Oggiam, Daniella Silva [UNIFESP]
Institución
Resumen
Objetivos: Mensurar a prevalência e identificar fatores associados à presença da dor neuropática por Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2); avaliar o efeito da intervenção com a Luz Infravermelha Monocromática (LIM) associada ao tratamento fisioterapêutico sobre os níveis de dor em pessoas com Polineuropatia Diabética Dolorosa (PNDD). Método: Pesquisa realizada em duas etapas após aprovação dos méritos éticos. Inicialmente conduziu-se um estudo transversal, incluindo 96 pessoas com DM2 para identificação da prevalência da dor neuropática e dos fatores associados à mesma, por meio da aplicação dos instrumentos Michigan Neuropathy Screening Instrument, Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs, Douleur Neuropathique 4 e Brief Pain Inventory. A segunda etapa da pesquisa, compreendeu um ensaio clínico randômico, paralelo, controlado e duplo-cego com 168 participantes aleatoriamente distribuídos no Grupo Controle-GC (n=84) e Grupo Experimento-GE (n=84). Para o GE foi aplicado protocolo de intervenção fisioterapêutica associada à aplicação da LIM de 890nm. O GC recebeu o mesmo protocolo de intervenção, porém sem aplicação da LIM. Ambos os grupos foram submetidos a 18 sessões de tratamento e acompanhados por 10 semanas. A dor neuropática foi avaliada em quatro momentos: inicial (T0); na terceira semana de tratamento (T1); na sexta semana (T2) e após 4 semanas do término da intervenção (T3). Os dados foram analisados por estatística descritiva, inferencial e estimativas da magnitude do efeito da intervenção sobre a dor neuropática, com nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência da dor neuropática na amostra estudada foi de 22,9%. A dor neuropática foi correlacionada com tabagismo (p<0,001), dieta não balanceada (p=0,006), obesidade (p=0,023), hipertensão arterial (p<0,001), alteração da sensibilidade térmica (p=0,002), alodinia (p<0,001), úlceras (p=0,013), amputações (p=0,017) e piora da qualidade do sono (p=0,005). Na segunda etapa do estudo, observaram-se diferenças estatisticamente significativas, entre os grupos, nos escores de dor nos momentos T2 e T3 (p<0,001). A intensidade da dor foi menor no GE com melhora da qualidade do sono (p<0,001). Conclusão: A LIM de 890nm associada a um protocolo fisioterapêutico melhorou a dor em pessoas com PNDD a partir de seis semanas de seguimento.