Trabalho de conclusão de curso de graduação
Análise de variabilidade da Zona de Convergência Intertropical através de dados de satélites
Fecha
2022-02-10Registro en:
SANTORO, Fernando Paulin. Análise de variabilidade da Zona de Convergência Intertropical através de dados de satélites. 2022. 38 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar) - Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.
Autor
Santoro, Fernando Paulin [UNIFESP]
Institución
Resumen
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) localiza-se em torno da linha do Equador. Trata-se de um sistema sinótico, antissimétrico de baixa pressão. De convecção profunda e com fortes precipitações e nebulosidade, a ZCIT propaga-se de leste para Oeste. Formada principalmente por ventos alísios (de Leste), fornece energia para as circulações tropicais, tornando o mecanismo principal de aquecimento atmosférico da região. A variabilidade da ZCIT influencia a precipitação no Nordeste do Brasil, no principal sistema de controle de chuvas sazonal da África Oriental Equatorial e na convecção da Amazônia. O objetivo geral do projeto é analisar os campos da divergência dos ventos da ZCIT, em conjunto com os ventos zonais e meridional. A divergência foi calculada através do método das diferenças finitas centradas no espaço. Com migração sobre o oceano Atlântico, o estudo apontou posição máxima sazonal no hemisfério Sul (HS) de 5°S para os pontos das coordenadas a Leste da costa da América do Sul (P-América) e 3°S para os pontos das coordenadas a Oeste da África (P-África). No Hemisfério Norte (HN) a ZCIT teve deslocamento máximo de (6°N – P-América) e (9°N – P-África), durante os meses de dezembro a março. Com isso, a ZCIT apresentou variação de latitude de 11° (5°S a 6°N) nos P-América e 12° nos P-África (3°S a 9°N). Já nos meses de junho a setembro, a ZCIT migra em direção ao HS até (3°N – P-América) e (8°N – P-África). Já para o HN, foi até (14°N – P-América) e (15°N – P-África). Assim, a ZCIT apresentou uma variação de latitude de 11° (3°N a 14°N) nos P-América e 7° (8°N a 15°N) para os P-África. Nota-se uma mudança nos meses extremos, iniciando em janeiro até maio no HS e ao HN de julho a outubro. Os meses médios estudados (janeiro e julho) têm coeficiente angular (α) e coeficiente de determinação (R²), em janeiro, igual a (α = 0,0012°/ano; R² = 0,00008) e (α = -0,0861°/ano; R² = 0,1291), para os P-América e P-África, respectivamente, e no mês de julho, para os P-América (α = -0,0263°/ano; R² = 0,0627) para os P-África (α = -0,014°/ano; R² = 0,0213). Portanto, estatisticamente, os valores não são significativos. Os meses médios mostraram um aumento no deslocamento máximo para o HS, em janeiro, dos P-América, e os P-África em direção ao HN. Em julho, ambos os pontos, P-América e P-África, migraram em direção ao HS, para as altas latitudes com o passar dos anos. Por fim, os mapas médios anuais, mostraram que não houve uma mudança perceptível na latitude média (máxima 2°), durante os anos de estudo.