Trabalho de conclusão de curso de graduação
Risco e medo de quedas em adultos e idosos com queixa de tontura de origem vestibular
Fecha
2022-11-18Autor
Oliveira, Amanda Miranda Lopes Rodrigues de [UNIFESP]
Institución
Resumen
Objetivo: Investigar o medo e o risco de quedas em adultos de meia idade e idosos com diagnóstico clínico de tontura crônica decorrente de distúrbio vestibular. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, prospectivo e descritivo, realizado no Ambulatório de Avaliação e Reabilitação Vestibular da Disciplina de Otoneurologia do Departamento de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de São Paulo. A amostra foi composta por 50 indivíduos de 45 a 84 anos, distribuídos em Grupo Estudo (GE) (n=30) e Grupo Controle (GC) (n=20) de acordo com a presença ou não de queixa de tontura. Todos os participantes foram submetidos aos instrumentos: Timed Up and Go Test (TUGT) para avaliação do risco de quedas, FES-I – Brasil (Falls Efficacy Scale-International) para avaliação do medo de quedas e Escala ABC-16 (Activities-Specific Balance Confidence) para avaliação da confiança no equilíbrio corporal. Além disso, responderam um questionário sobre dados sociodemográficos e de saúde, que continham questões sobre medo e histórico de quedas. Resultados: A maioria dos participantes eram do sexo feminino (70,0% no GE e 70,0% no GC). Os resultados médios do GE no TUG foi 10,41s e do GC 7,48s (p=0,003). A pontuação do GE na FES-I foi em média 35,33, enquanto a do GC foi 21,90 (p< 0,001). A pontuação do GE na Escala ABC foi em média 52,72, enquanto a do GC foi 89,14 (p< 0,001). No GE 23 (76,67%) e no GC 12 (60,0 %) participantes responderam afirmativamente para a pergunta “Tem medo de cair?”. Houve correlação positiva significativa entre TUGT, FES-i, número de comorbidades, número de medicamentos, idade e número de quedas. Conclusões: Os participantes com tontura apresentaram mais medo e risco de quedas do que os participantes sem queixa. Também apresentaram número superior de quedas no último ano, maior número de comorbidades associadas, e menor confiança no próprio equilíbrio em relação ao grupo sem tontura. Quanto mais medo de cair, maior o risco e o histórico de quedas, maior o número de comorbidades e de medicamentos utilizados.