Tese de doutorado
Expressão e atividade da enzima conversora da angiotensina I como biomarcador de hipertensão, Na urina de receptores de transplante renal pediátricos
Fecha
2018-03-29Autor
Pignatari, Maria Cecilia [UNIFESP]
Institución
Resumen
Pediatric hypertension is a risk factor for hypertension in adults with prevalence
between 1 and 5%. Its hereditary component is estimated at 50 %. Primary hypertension results
from genetic, environmental, and behavioral factors. Renin Angiotensin System is important to
control cardiovascular and renal functions. Angiotensin Converting Enzyme (ACE) has isoforms:
somatic N- and C- domain (130-190 kDa) and testicular C-domain (90-110 kDa). Casarini et al.
described the N-domain isoform of 90kDa, in urine of hypertensive humans as a possible
hypertension biomarker. OBJECTIVE: Analyze the expression and activity of ACE isoforms in
urine of pediatric renal transplant recipients before and after transplantation and urine of donor,
to verify the 90 kDa isoform transmission and correlating with hypertension. METHODS: 30
pediatric renal transplant recipients with living donors; ACE activity was performed before, 1, 3
and 6 months post transplantation using ZPhe-HL and HHL as substrates and its ratio. Western
blotting analysis to evaluate ACE isoforms (190, 90 and 65kDa). RESULTS: 69% had pretransplant
hypertension and 85.7% family history of hypertension. After 6 months 25% remained
hypertensive. From the pre-transplant until the sixth month after, ACE activity was reduced. In
the linear regression model with random effects between ACE activity and various variables,
including pre-transplantation for the substrate ZPhe-HL remained significant time, and uropathy
with higher activity of ACE (0.023 mU/mg creatinine more); with HHL, time and uropathy (0.019
mU/mg creatinine more) and for weight, reduction of ACE activity (0.00038 mU/mg creatinine at
1 kg increase in weight). At post-transplant only time and weight remained significant with
ZPhe-HL, and for HHL, uropathy, proteinuria (0.010 mU/mg creatinine more ACE activity) and
weight. Recipients before transplantation had higher urinary ACE activity when compared to
controls. Western blotting data showed that all recipients without ACE 90KDa when received a
kidney from the donor that had this isoform, started to express it. CONCLUSIONS: Increased
ACE activity in uropathies may be associated with renal injury or intra-renal production.
Proteinuria, a marker of renal injury, can be associated with increase on ACE activity. With
nutritional recovery and a healthy kidney after transplantation, recipients can reverse the degree
of renal damage and decrease the production of ACE. The Western blotting analysis
demonstrated that 100% of the recipients without the pre-transplantation isoform of 90 kDa,
whose donors had this isoform, started to express it after transplantation, suggesting a
transmission of the biological profile to the recipient. A hipertensão pediátrica é um fator de risco para hipertensão nos adultos com
prevalência entre 1 e 5%. Seu componente hereditário é estimado em 50%. A hipertensão
primária resulta de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. O Sistema Renina
Angiotensina é importante para o controle cardiovascular e da função renal. A Enzima
Conversora da Angiotensina (ECA) tem as isoformas somática N- e C- domínio (130-190 kDa)
e testicular C- domínio (90-110 kDa). Casarini e cols. descreveram a isoforma N-domínio de 90
kDa na urina de humanos hipertensos como um possível biomarcador de hipertensão.
OBJETIVOS: Analisar a expressão e atividade das isoformas da ECA na urina de receptores
de transplante renal pediátricos antes e após o transplante e urina do doador, para verificar a
transmissão da isoforma de 90 kDa e correlacionar com a hipertensão. MÉTODOS: 30
receptores pediátricos de transplante renal com doadores vivos; a atividade da ECA foi
realizada antes, 1, 3 e 6 meses após o transplante usando ZPhe-HL e HHL como substratos e
sua razão. Análise do Western blotting para avaliar as isoformas da ECA (190,90 e 65 kDa).
RESULTADOS: 69% tinham hipertensão pré-transplante e 85,7% história familiar de
hipertensão. Após seis meses, 25% permaneceram hipertensos. Do pré-transplante até o sexto
mês após, a atividade da ECA reduziu. No modelo de regressão linear com efeitos aleatórios
entre atividade da ECA e diversas variáveis, incluindo o pré-transplante, para o substrato ZPhe-
HL permaneceram significantes tempo, e uropatia com maior atividade da ECA (0,023 mU/mg
creatinina a mais); com HHL, tempo e uropatia (0.019 mU/mg creatinina a mais) e o peso com
redução da atividade da ECA (0.00038 mU/mg creatinina a cada 1 kg de aumento no peso). No
pós-transplante somente o tempo e o peso permaneceram significantes com ZPhe-HL e para o
HHL, uropatia, proteinúria (0,010 mU/mg creatinina a mais da atividade) e peso. Receptores
antes do transplante tinham mais alta atividade da ECA urinária quando comparados com
controles. Dados do Western blotting mostraram que todos os receptores sem ECA de 90 kDa
quando receberam um rim de doador que tinha essa isoforma começaram a expressá-la.
CONCLUSÃO: O aumento da atividade da ECA nas uropatias pode ser associada com injúria
renal ou produção intra-renal. A proteinúria, um marcador de lesão renal, pode ser associada
com o aumento da atividade da ECA. Com a recuperação nutricional e um rim saudável após o
transplante, os receptores podem reverter o grau de lesão renal e diminuir a produção da ECA.
A análise de Western blotting demonstrou que 100% dos receptores sem a isoforma de 90 kDa
pré-transplante, cujos doadores apresentavam essa isoforma, passaram a expressá-la após o
transplante, sugerindo uma transmissão do perfil biológico ao receptor.