Trabalho de conclusão de curso
“Negrinhas” e “Negrinhos”: visões sobre a crianças escrava no Brasil Oitocentista (1808-1888)
Fecha
2013Registro en:
SILVA, Rafael Domingos Oliveira da. “Negrinhas” e “Negrinhos”: visões sobre a crianças escrava no Brasil Oitocentista (1808-1888). Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em História) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2013.
monografia_rafaeldomingos.pdf
Autor
Silva, Rafael Domingos Oliveira da [UNIFESP]
Institución
Resumen
The slave child is mentioned, occasionally, in the historiography of slavery. However, only recently the issue has gained importance in studies on the topic. Similar to what occurs with the theme of family slave, research on the child are more common in studies of historical demography. Nevertheless, the Social History demands the expansion of research in order to extend the quantitative results, and considering everyday life human experience understood and built socially. This research is part of this approach by analyzing the ways in which the existence of this figure was perceived. For this, we analyzed reports of travelers who visited Brazil during the nineteenth century, especially between 1808 and 1888, based on it's specificity and in view of the methods for dealing with them, with the expectation that the silences about the child not necessarily mean denial of their existence or impossibility of study.In this effort, we take into account the demographic and quantitative studies on slave family, kinship, collusion and baptisms, addition to the historiographical debates about childhood and slavery in Brazil. A criança escrava é citada, vez ou outra, pela historiografia da escravidão. Entretanto, só recentemente a questão tem ganhado espaço nos estudos sobre o tema. A exemplo do que ocorre com a temática da família escrava, as pesquisas sobre a criança são mais frequentes nos estudos de demografia histórica. Porém, a História Social demanda a ampliação das pesquisas com vistas a alargar os resultados quantitativos, focando as análises no cotidiano e na experiência humana entendida e construída socialmente. Esta pesquisa insere-se nessa abordagem, por meio da análise das maneiras pelas quais a existência dessa figura foi percebida. Para isso, foram analisados relatos de viajantes que estiveram no Brasil durante o século XIX, sobretudo entre 1808 e 1888, entendidos em sua especificidade e tendo em vista os métodos para lidar com eles, na perspectiva de que possíveis silêncios em relação à criança não necessariamente significam a negação de sua existência ou impossibilidade de estudo. Nesse esforço, levamos em conta os estudos quantitativos e demográficos sobre família escrava, parentesco, compadrio e batismos, além dos debates historiográficos sobre infância e escravidão no Brasil.