Comparação entre os cursos ‘Treinamento em Emergências Cardiovasculares Avançado’ e ‘Advanced Cardiovascular Life Support’ no treinamento do atendimento à parada cardiorrespiratória para alunos de graduação de Medicina

Abstract

Introduction: Cardiopulmonary arrest (CA) is a prevalent condition associated with a high mortality rate. Thus, it is important that medical students receive adequate training for the treatment of this condition. Objective: To compare the "Advanced Cardiovascular Emergency Training" (TECA) course with the "Advanced Cardiovascular Life Support" (ACLS) course in the training of CA management to medical students. Methods: 119 last graduation year medical students were included. The students were divided into 2 groups: TECA group consisted of 56 students who participated in the TECA course and 63 students in the ACLS course, named ACLS group. Both groups performed a mannequin simulated CA care before and after participating in each course and a multiple choice test after training. Performance in simulated care was compared through structured assessment score, time to onset of chest compression and time to perform defibrillation after collapse, as well as the number of correct answers in the multiple choice assessment. Results: After training, TECA group presented statistical higher grade than the ACLS group in the evaluation of the simulated case attendance (10,0 points vs 9,0 points; p<0,001). There was no statistical difference between the groups in time to onset of chest compression (19,0 sec vs 19,5 sec; p = 0,500) and time to defibrillation (48,0 sec vs 48,0 sec; p = 0,740). TECA group students had a better performance in questions related to acute heart failure treatment (4,0 vs 3,0; p < 0,001). There was no significant difference in the number of correct answers on arrhythmia, cardiopulmonary resuscitation, acute myocardial infarction and stroke. Conclusions: TECA course provided greater adherence to CA care protocol, without prejudice to the time to start chest compression or time to defibrillation. In addition, it added training in acute heart failure management.

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma condição prevalente e associada à alta taxa de mortalidade. Assim, é importante que os alunos de Medicina recebam treinamento adequado para o tratamento desta condição. Objetivo: Comparar o curso ‘Treinamento em Emergências Cardiovasculares Avançado’ (TECA) com o curso ‘Advanced Cardiovascular Life Support‘ (ACLS), no treinamento do atendimento à PCR de alunos de Medicina. Métodos: Foram incluídos 119 alunos cursando o último ano da graduação do curso de Medicina. Os alunos foram divididos em 2 grupos: grupo TECA composto por 56 alunos que participaram do curso TECA e grupo ACLS, composto por 63 alunos que participaram do curso ACLS. Os dois grupos realizaram um atendimento simulado em manequim antes e após o treinamento, com uma avaliação teórica após o treinamento. Foram comparados os desempenhos no atendimento simulado, por meio de avaliação estruturada, do tempo para início de compressão torácica e do tempo para realização de desfibrilação após o curso, assim como o número de acertos na avaliação teórica. Resultados: Após o treinamento, o grupo TECA apresentou nota estatisticamente maior do que o grupo ACLS na avaliação do atendimento do caso simulado (10,0 pontos vs 9,0 pontos; p<0,001). Não houve diferença significativa entre os grupos nos quesitos tempo para início da compressão torácica (19,0 seg vs 19,5 seg; p = 0,500) e tempo para desfibrilação (48,0 seg vs 48,0 seg; p = 0,740). O grupo TECA acertou um número estatisticamente maior de questões relacionadas ao tema insuficiência cardíaca aguda (4,0 questões vs 3,0 questões; p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa no número de acertos nos temas arritmia, PCR, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. Conclusões: O curso TECA proporcionou maior aderência ao protocolo de atendimento de PCR, sem prejuízo aos tempos para início de compressão torácica ou tempo para desfibrilação. Além disso, propiciou aquisição de conhecimento no tratamento de insuficiência cardíaca aguda.