Tese
Cavalaria do mar: a persistência do imaginário cavaleiresco nas narrativas cronísticas sobre os modos de condução da guerra na Expansão Imperial Portuguesa- séculos XV e XVI
Fecha
2019-05-22Autor
Freitas, Wellington José Gomes
Freitas, Wellington José Gomes
Institución
Resumen
Nas guerras de expansão marítima do império marítimo português, as tropas lusitanas em trânsito por terra e mar, ou quando imobilizadas em ações de cerco a praças-fortes do inimigo, lutaram animadas por anacrônico imaginário cavaleiresco. Pleiteia-se que o processo de modernização militar das grandes potências europeias do período não fincou raízes em solo lusitano. Os guerreiros e conquistadores lusitanos ao se assenhorearam de vasta porção do globo portaram-se em combate como se desconhecessem ou cultivassem um estudado desdém pelos modernos métodos de guerrear, provavelmente por eles considerado como sinônimo de desonra. O imaginário cavaleiresco impulsionou a execução de todas as grandes e pequenas etapas da campanha de domínio militar lusitano nos três continentes alvo de suas incursões. O estudo se baseou em um corpus constituído por cronistas quatrocentistas e quinhentistas: Gomes Eanes de Zurara; Rui de Pina; João de Barros; Lopes de Castanheda e Gaspar Correia. During the wars to conquer the marine Portuguese empire, its own troops, when marching on
land and sea or when sieging the enemies’ strongholds, bravelly fought led by anachronistic
chivalrous imaginary. It’s said that at that period the process of military modernization of
major European powers hadn’t had plated their seeds in the Portuguese soil. Both castes of
worriors and conquerors from Portugal became the lords of a great portion of the world, they
fought as if they didn’t know or a s if they had a studied scorn by the modern methods of war,
perhaps because they considered those methods as a synonym of dishonor. The chivalrous
imaginary impelled all the major and all the small stages of the campain of the Portuguese
military domain ov er the three target continents. This study was based on a corpus by
quattrocentist and cinquencentist cronists. Zurara; Rui de Pina; João de Barros; Lopes de
Castanheda; Gaspar Correia.