Tese
Problemas de (in)traduzibilidade em "A hora e vez de Augusto Matraga" de João Guimarães Rosa (nas versões de língua inglesa e língua russa)
Fecha
2019-04-09Autor
Belov, Olga
Belov, Olga
Institución
Resumen
Neste trabalho, intitulado Problemas de (In)traduzibilidade em ‘A Hora e Vez de Augusto
Matraga’, de João Guimarães Rosa, nas versões de língua inglesa e língua russa”, faz-se o
Cotejo da tradução do conto mencionado, o último da coletânea Sagarana, publicada em
1946. Consta o trabalho de 3 Capítulos, sendo o primeiro intitulado “Estudos de Tradução”
(Bases Teóricas); o segundo “João Guimarães Rosa – sua concepção sobre a linguagem
literária e sua importância para a Literatura Brasileira Modernista”; enquanto o terceiro se
ocupa do Cotejo da versão do conto, em língua portuguesa, com as duas versões em língua
estrangeira (a de língua inglesa e a de língua russa). Procurou-se observar como as duas
tradutoras, a americana Harriet de Onís e a russa A. Koss, deram cabo da tarefa de traduzir o
conto, quais foram as dificuldades encontradas, por ambas, no caminho da traduziblidade, ou
não. Para tanto, partiu-se da premissa desconstrutivista, representando o desconstrutivismo
como uma estratégia de leitura, desenvolvida por Jacques Derrida, cujos ensinamentos
podem ser aplicados à tradução, fornecendo, também, uma abordagem para muitas outras
disciplinas humanísticas, nesta era do Pós-Estruturalismo. Foram, também, levadas em conta
as técnicas do Descritivismo, uma corrente dentro dos “Estudos de Tradução”, e chegou-se à
conclusão de que a tradução nunca poderá ser “perfeita”, muito menos “fiel”, pois o que se
produz – aquilo que se chama de “Texto da Língua de Chegada” (TLC) – é, de fato, um novo
texto, que passa a ser uma nova versão, uma “recriação”, do “Texto da Língua de Partida”
(TLP). E isto se deve ao fato de serem as línguas, assim como as culturas que as regem,
irredutivelmente diferentes. In this work entitled “(Un)translatability in ‘Augusto Matraga’s Hour and Turn’ by João
Guimarães Rosa, in its English and Russian version” – there has been carried out the
comparison between both translations of the above mentioned story – the most outstanding
one found in Sagarana – A Cycle of Stories, published in 1946. The work consists of 3
Chapters: the first one deals with the Theoretical Bases, regarding “Translation Studies”;
the second is about Rosa´s literary language particularities, and his importance to Brazilian
Modernism, while the third chapter includes an Analysis and Comparison of the two
translations, that is, the two target-language texts (one in English language and the other, in
Russian language) with the source-language text in Portuguese by João Guimarães Rosa. It
is being sought to verify how both translators – American, Harriet de Onís, and Russian, A.
Koss, had coped with the task of translating the story, and what difficulties they had faced
in dealing with (un)translatability problems. For this purpose, the analysis was based on
Desconstruvism’s principles which include reading strategies, developed by French
philosopher Jacques Derrida. The latter has supplied some approaches to “Translation
Studies”, as well as to many other humanistic subjects during the present Post-
Structuralism period. There have also been observed some techniques advised by
Descritivism, a new current within Translation Studies. Hereby, the conclusion obtained
was that translations can never be either “perfect” or “faithful”, because the final product –
the “Target Text”– is, in fact, a new text, representing nothing but a recreated version of
the “Source Text”. And this is due to the fact that languages, as well as the cultures there
involved, happen to be irreducibly different.