Artigo de Periódico
Hiatos de racionalidade e decisões gerenciais: perspectivas sobre a "caixa preta" do profissional de controladoria
Fecha
2012Registro en:
1984-3291
v. 17, n. 1, p. 65-76
Autor
Pereira, Antonio Gualberto
Bruni, Adriano Leal
Cordeiro Filho, José Bernardo
Pereira, Antonio Gualberto
Bruni, Adriano Leal
Cordeiro Filho, José Bernardo
Institución
Resumen
Com base no entendimento do homo economicus se desenvolveu a concepção de que os agentes econômicos buscam maximizar sua utilidade. Esta concepção acabou gerando um reducionismo exacerbado dos mecanismos psicológicos dos indivíduos, sendo estes representados como engrenagens pré-programadas a tomarem decisões maximizadoras de utilidade. O presente ensaio se propõe a analisar como os hiatos de racionalidade afetam as decisões gerenciais empreendidas pelo profissional de controladoria. A partir dos trabalhos de Simon e, posteriormente, dos estudos empíricos desenvolvidos por Kahneman e Tversky passa-se a questionar esta suposta racionalidade e a própria figura do homo economicus. Diversos trabalhos publicados em periódicos internacionais destacam como as heurísticas e os vieses cognitivos contribuem para que os agentes econômicos nem sempre tomem decisões racionais. O profissional de controladoria ao se defrontar com decisões relativas à escolha de artefatos gerenciais pode ser impelido a tomar decisões não maximizadoras de utilidade por vieses cognitivos gerados pela assimetria de informação; a presença do efeito framing na escolha de custos de transação ou; a ocorrência de heurísticas quando do reconhecimento de custos irrecuperáveis (sunk costs).