article
Psicologia da diferença, relações raciais e formação da(o) psicóloga(o)
Psychology of the difference, race relations and psychologist’s training;
Psicología de la diferencia, relaciones raciales y formación del/la psicólogo/a
Registro en:
e1982-3703
Autor
Severo, Ana Kalliny de Sousa
Silva, Antonio Vladimir Félix
Santos, Joice Silva dos
Duque, Jéssica Pereira
Rocha, Matheus Barbosa da
Resumen
This study presents a research report about a psychology of the difference in race
relations, aiming to map the subjectivation processes of race relations in the psychologist’s
training and their interface with the professional performance. We used cartography,
observant participation, a culture circle, and two conversation circles for narrative production,
self-reporting and writing in a cartographic diary as a research method. For the discussion
and analysis, we conducted an ethical-aesthetic-poetic and political exercise, operating
tools-concepts of schizoanalysis and the epistemology of decolonization. As a policy of this
invention: a) the researcher becomes an analyzer/witness of the place of speech of black
women who make up cartography from their representativeness; b) the presence of a small
number of black women in health courses is an effect of the academy colonization; c) the
ethical-political implication of the psychologist emerges as a device to confront institutional
racism; and d) a smaller student movement becoming the common minority breaks with the
instituted, creatively instituting discussions that open the debate about psychology in race
relations and problem situations that emerge from the intersectionality device Neste estudo, apresentamos um relato de pesquisa acerca de uma psicologia da diferença nas relações raciais, a fim de cartografar processos de subjetivação das relações raciais na formação da(o) psicóloga(o) e sua interface com a atuação profissional. Como métodos de pesquisa, utilizamos a cartografia, a participação observante, um círculo de cultura e duas rodas de conversa para produzir narrativas, relato e escrita de si em diário cartográfico. Para discussão e análise, realizamos um exercício ético-estético-poético e político, operando com ferramentas-conceitos da esquizoanálise e da epistemologia da decolonização. Como política dessa invenção, considera-se que: a) o pesquisador devém analisador/testemunha do lugar de fala das mulheres negras que compõem a cartografia a partir de sua representatividade; b) a presença de um número reduzido de negras(os) nos cursos da área da saúde é efeito da colonização da academia; c) a implicação ético-política da(o) psicóloga(o) emerge como dispositivo de enfrentamento ao racismo institucional; e que
d) um movimento estudantil menor, ao devir comum minoritário, rompe com o instituído e instaura, de modo criativo, discussões que suscitam o debate em torno da psicologia nas relações raciais e de situações-problema que emergem do dispositivo interseccionalidade