article
Airflow limitation in brazilian caucasians: FEV1 /FEV6 vs. FEV1 /FVC
Limitação ao fluxo aéreo em brasileiros da raça branca: VEF1 /VEF6 vs. VEF1 /CVF
Registro en:
10.1590/s1806-37132008000700006
Autor
Soares, André Luis Pinto
Rodrigues, Sílvia Carla Sousa
Pereira, Carlos Alberto de Castro
Resumen
Objetivo: Avaliar a utilidade da relação volume expiratório forçado no primeiro segundo/volume expiratório forçado nos primeiros seis segundos (VEF1 /VEF6 ) na detecção de obstrução leve ao fluxo aéreo como alternativa à relação VEF1 /capacidade vital forçada (CVF). Métodos: As equações sugeridas para a população brasileira em 2006 foram utilizadas para determinar os limites inferiores normais para as relações entre VEF1 /VEF6 e VEF1 /CVF. Foram avaliadas as espirometrias de 155 pacientes com diferença entre a relação VEF1 /CVF prevista observada abaixo de 15% e VEF1 ≥ 60% do previsto, com idades entre 20 e 84 anos e com tempo expiratório de 6 s no mínimo. Os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade para a espirometria sugeridos pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia foram preenchidos. Resultados: Os valores médios (± dp) para VEF1 /CVF e VEF1 /VEF6 foram, respectivamente, 73 ± 4% e 75 ± 3%. A obstrução ao fluxo aéreo foi detectada pela relação VEF1 /CVF em 61 pacientes, mas foi detectada pela relação VEF1 /VEF6 em apenas 46 deles, mostrando uma sensibilidade de 75% (p < 0,001). Conclusões: A relação VEF1 /VEF6 tem sensibilidade insuficiente para substituir a relação VEF1 /CVF no diagnóstico
de obstrução leve ao fluxo aéreo. Objective: To evaluate the use of the forced expiratory volume in one second/forced expiratory volume in six seconds (FEV1 /FEV6 ) ratio as an alternative to the FEV1 /forced vital capacity (FVC) ratio in the detection of mild airway obstruction. Methods: Reference equations for the Brazilian population in 2006 were used in order to determine the lower limits of normality for the FEV1 /FEV6 and FEV1 /FVC ratios. The spirometry findings of 155 patients from 20 to 84 years of age were analyzed. All of the patients presented the following: a < 15% difference between predicted and observed FEV1 /FVC ratio; an FEV1 ≥ 60% of predicted; and an exhalation time of at least 6 s. The Brazilian Thoracic Society criteria for acceptability and reproducibility in spirometry were met. Results: Mean values (± SD) for FEV1 /FEV6 and FEV1 /FVC were 73 ± 4% and 75 ± 3%, respectively. Using the FEV1 /FVC ratio, we identified airflow obstruction in 61 patients, compared with only 46 patients when we used the FEV1 /FEV6 ratio, showing a sensitivity of 75% (p < 0.001). Conclusions: The FEV1 /FEV6 ratio has poor sensitivity and should not be used to replace the FEV1 /FVC ratio in the diagnosis of mild airway obstruction.