bachelorThesis
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO TEATRO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA ESCRITA E MONTAGEM DO ESPETÁCULO EM CÁRCERE
Registro en:
MAIA, Maria Luiza de França. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO TEATRO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA ESCRITA E MONTAGEM DO ESPETÁCULO EM CÁRCERE. Orientador: Profa Dra Monize Oliveira Moura. 2023. 68 p. Monografia (Graduação em Licenciatura em Teatro) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2023.
Autor
Maia, Maria Luiza de França
Resumen
In this writing I seek to reflect on the process of dramaturgical construction and scene composition of the show “Em Cárcere”, staged by me, at the Teatro Laboratório Jesiel Figueiredo, located at the Art Department (DEART) at Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) in 2023. This reflection is based on the perspective of Dubatti (2017) who defends the importance of the researcher-artist in the production of thought. The discussion proposed here is articulated from the question: How can violence against women, with a focus on the domestic context, be represented in drama in a critical perspective? To answer this question I first analyzed two other plays - “Violetas”, staged by actress Mayra Montenegro; and “Como Se Fosse”, by the group Matula Teatro - in the light of the studies of Fischer (2018) and Fabrini (2019). Next, I make a report on the process of creation of “Em Cárcere”, highlighting the writing of the dramaturgy, the preparation of the cast, the use of scene elements and its relationship with my study in the Drama degree course (UFRN). Some scenes of the play are closely looked upon in order to think about which of its resources contribute to the formation of an active spectator. I observe myself as a researcher-artist articulating, through the dramatic route, feminist debates in a personally emancipatory experience. Nesta escrita, busco refletir sobre o processo de construção dramatúrgica e montagem cênica do espetáculo Em Cárcere, encenado por mim, no Teatro Laboratório Jesiel Figueiredo, situado no DEART-UFRN, no ano de 2023. Esta reflexão respalda-se na perspectiva de Dubatti (2017) que defende a importância do pesquisador-artista na produção de pensamento. A discussão aqui proposta articula-se a partir da pergunta: Como a violência contra a mulher, com foco no âmbito doméstico, pode ser representada no teatro numa perspectiva crítica? Para respondê-la, primeiramente, analiso dois outros espetáculos - Violetas, encenado pela atriz Mayra Montenegro; e Como Se Fosse, do grupo Matula Teatro - à luz dos estudos de Fischer (2018) e Fabrini (2019). Em seguida, relato o processo de criação de Em Cárcere, destacando a escrita da dramaturgia, preparação do elenco, a utilização dos elementos cênicos e sua relação com minha formação no curso de Licenciatura em Teatro- UFRN. São destrinchadas algumas cenas do espetáculo com o intuito de pensar através de quais recursos elas contribuem para a formação de um espectador ativo. Observo-me enquanto pesquisadora-artista articulando, pela via cênica, debates feministas, numa experiência pessoalmente emancipadora.