bachelorThesis
Polimorfismos genéticos, microbiota e terapia nutricional em pessoas com transtorno do espectro autista (TEA)
Genetic polymorphisms, microbiota and nutritional therapy in people with autism spectrum disorder (ASD)
Registro en:
PESSOA, Nyedja Lara Cavalcante. Polimorfismos genéticos, microbiota e terapia nutricional em pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). 2022. 76f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição), Departamento Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2022.
Autor
Pessoa, Nyedja Lara Cavalcante
Resumen
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma disfunção no desenvolvimento neurológico que
afetam a capacidade de interação, comunicação e linguagem, podendo ser caracterizado por
comportamentos repetitivos e seletividade alimentar. Esse transtorno é considerado
multifatorial, tendo fatores ambientais e genéticos associados à predisposição do autismo,
alterações comportamentais e sintomas gastrointestinais. A microbiota intestinal influencia no
funcionamento do eixo intestino-cérebro e no sistema imunológico, causando alterações como
disbiose e sinais de autismo, como a ansiedade e auto agressão. Este trabalho consiste em uma
revisão de literatura sobre aspectos clínicos e nutricionais do TEA, abrangendo variações
genéticas, alterações da microbiota intestinal, desafios alimentares, terapia nutricional e o
impacto da nutrigenômica nessa condição clínica. Para a realização desta revisão bibliográfica
foram selecionados 87 artigos, dentre os 1.909 encontrados na base de dados PubMed,
SciELO, LILACS, Embase e Cochrane Library, com nenhuma restrição de idioma, publicados
nos últimos dez anos, que contemplavam a temática desta pesquisa. A partir dos estudos
explorados, foi possível analisar a forte relação da genética no TEA, pela ruptura epigenética
dos genes essenciais para o desenvolvimento neuronal esperado existentes nos genes CHD8,
SHANK3 e ADNP; associação da microbiota intestinal com vários fenótipos e intervenções
específicas na terapia nutricional para pessoas com autismo, como dieta sem glúten e caseína,
suplementação de probióticos e prebióticos e transplante microbiano fetal. Poucos estudos
foram encontrados acerca da nutrigenômica no TEA. Os resultados demonstram a importância
da intervenção nutricional bem como a necessidade da compreensão dos fatores genéticos
nessa temática.