masterThesis
Análise estratigráfica das seções rifte e pós-rifte na Sub-bacia de Mundaú da Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira
Registro en:
FERNANDES, Paulo Sávio Pinheiro. Análise estratigráfica das seções rifte e pós-rifte na Sub-bacia de Mundaú da Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira. Orientador: Valéria Centurion Córdoba. 2021. 90f. Dissertação (Mestrado em Geodinâmica e Geofísica) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
Autor
Fernandes, Paulo Sávio Pinheiro
Resumen
The discoveries of oil fields in the African Equatorial Margin combined with the drilling of
wells such as Pecém and Pitu, respectively, in the Ceará and Potiguar basins, reinforce the
necessity for studies which aim to better understand the evolution of the sedimentary basins
within the Brazilian Equatorial Margin, emerging as a new frontier for hydrocarbon
exploration. The tectonic-structural complexity of the Brazilian Equatorial Margin is discussed
in several works, which classify this region as a transforming passive margin. However, there
is a gap in the research of this basins when it comes to the concepts of Sequence Stratigraphy.
The Ceará Basin is placed in the continental shelf of the Brazilian Equatorial Margin and its
origin is connected to the Gondwana’s breakup process during the Early Cretaceous, resulting
in the Equatorial Atlantic opening. The basin is limited to the southeast by the Fortaleza High,
to the west by the Tutóia High, to the north by the southern part of the Zomanche Fracture
Zone, and to the south by the crystalline basement. Due to the distinct tectonic aspects and
different structural framework, The Ceará Basin can be divided into four sub-basins, from west
to east: Piauí-Camocim, Acaraú, Icaraí and Mundaú. The stratigraphic framework of the
Mundaú Sub-basin is composed by three super sequences: rift, post-rift and drift. In
lithostratigraphic terms, the rift and post-rift stages correspond to the Mundaú and Paracuru
formations, respectively. They were studied in this work from the well data, allowing the
elaboration of 1D diagrams, with lithofacies, cycles, cycle sets and depositional sequences. The
seismic stratigraphic analysis was carried out from 2D seismic lines, and consisted of
characterizing seismic facies and the identification of reflectors terminations, culminating in
the recognition of sequence stratigraphy units and surfaces. The integration of this
interpretations allowed the separation of the studied section in terms of seismic stratigraphic
units, which were associated with tectonic systems tracts. At the end, it was possible to propose
a model for the tectono-stratigraphic evolution of the studied sub-basin. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES As descobertas de campos de petróleo na Margem Equatorial Africana, juntamente com
a perfuração dos poços Pecém e Pitu, respectivamente, nas bacias do Ceará e Potiguar reforçam
a necessidade de estudos para uma melhor compreensão da evolução das bacias sedimentares
presentes na Margem Equatorial Brasileira, que desponta como uma nova fronteira exploratória
para hidrocarbonetos. A complexidade tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira é
discutida em diversas publicações, que a classificam como uma margem passiva transformante.
No entanto, existe uma lacuna no estudo de suas bacias à luz dos conceitos da Estratigrafia de
Sequências. A Bacia do Ceará está inserida na plataforma continental da Margem Equatorial
Brasileira e sua origem está relacionada ao processo de fragmentação do Gondwana durante o
Eocretáceo, resultando na abertura do Atlântico Equatorial. A referida bacia é limitada a
sudeste pelo Alto de Fortaleza, a oeste pelo Alto de Tutóia, a norte pela parte sul da Zona de
Fratura de Romanche, e a sul pelo embasamento cristalino. Devido aos aspectos tectônicos
distintos e às diferentes feições estruturais, a mesma se encontra compartimentada em quatro
sub-bacias, de oeste para leste: Piauí-Camocim, Acaraú, Icaraí e Mundaú. O arcabouço
estratigráfico da Sub-bacia do Mundaú é composto por três supersequências: Rifte, pós-Rifte e
Drifte. Em termos litoestratigráficos, as supersequências Rifte e pós-Rifte correspondem às
formações Mundaú e Paracuru, respectivamente. As mesmas foram estudadas a partir dos
dados de poços, com a elaboração de diagramas 1D, onde foram definidas as litofácies, ciclos,
conjuntos de ciclos, tratos de sistemas deposicionais e sequências deposicionais. A análise
sismoestratigráfica realizada, a partir de linhas sísmicas 2D, consistiu na caracterização de
sismofácies e identificação de terminações de refletores, culminando no reconhecimento de
unidades e superfícies da estratigrafia de sequências. A integração destas interpretações
permitiu a compartimentação da seção estudada em unidades sismoestratigráficas, as quais
foram relacionadas a distintos tratos de sistemas tectônicos. Ao final, foi possível propor um
modelo para a evolução tectono-estratigráfica para a sub-bacia estudada.