doctoralThesis
Sofística e pirronismo: alvorecer e plenitude da razão negativa
Registro en:
PORTO, Wesley Rennyer Martins Rabelo. Sofística e pirronismo: alvorecer e plenitude da razão negativa. Orientador: Gisele Amaral dos Santos. 2022. 205f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
Autor
Porto, Wesley Rennyer Martins Rabelo
Resumen
The research developed here, taking sophistry and skepticism as expressions of what we call negative reason, that is, considering these traditions as the forms par excellence of the antithetical stage of thinking in general, seeks to show, above all, what is the authentic philosophical status of the relation that permeates the forma mentis of sophists and skeptics. Although both show themselves to us as legitimate representatives of the antinomic moment of thinking in general, the assumptions and peculiarities of each one of them are enough to demonstrate (in the light of a critical-comparative philosophical analysis) that only one of these traditions, Pyrrhonism, attains the peculiarity of appearing as the adogmatic facet of negative reason, because Pyrrhonism is not constituted as the negativist successor of dogmatic speculation – as is the case of sophistry –, but rather as the δύναμις of ontognosiological dissolution that after establishing aporetic undecidability adopts a suspensive posture in front of the contrary forces of the λόγος. A pesquisa aqui desenvolvida, tomando a sofística e o ceticismo como expressões do que denominamos de razão negativa, isto é, considerando tais tradições como as formas por excelência do estágio antitético do pensar em geral, busca evidenciar, sobretudo, qual o autêntico estatuto filosófico da relação que permeia a forma mentis de sofistas e céticos. Embora ambos se nos mostrem como legítimos representantes do momento antinômico do pensar em geral, os pressupostos e as peculiaridades de cada um deles são suficientes para demonstrar (à luz de uma análise filosófica crítico-comparativa) que apenas uma dessas tradições, o pirronismo, atinge a peculiaridade de figurar como a faceta adogmática da razão negativa, porquanto o pirronismo não se constitui como o sucedâneo negativista da especulação dogmática – como calha à sofística –, mas sim como a δύναμις de dissolução ontognosiológica que, após instaurar a indecidibilidade aporética, adota uma postura suspensiva perante as forças contrárias do λόγος.