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A melancolia amorosa e o fantasma em Francesco Petrarca
Registro en:
COUTO, Laura Danielly de Souza. "A melancolia amorosa e o fantasma em Francesco Petrarca", v. 2, n. 12, dez. 2021.
26754363
2675-4363
Autor
Literatura Italiana Traduzida
Couto, Laura Danielly de Souza
Institución
Resumen
Se houve um homem que, provavelmente, foi muitíssimo apaixonado, esse homem foi Francesco Petrarca, e não me refiro a uma mera paixão trivial e banal, “ele era apaixonado de uma maneira extraordinária, incendiária, solar.” (ROUGEMONT, 1988, p. 153). Isto é do conhecimento de todos os amantes da lírica amorosa, pois Petrarca descortinou seu espetáculo amoroso encenando poeticamente a turbulenta paixão que o dominava. Tudo começou na manhã da Sexta-Feira Santa de 1327, quando o nosso poeta avistou pela primeira vez uma jovem de tranças louras, e apaixonou-se imediatamente, “é absolutamente conhecido do mundo o nome do grande amor ‘poético’ de Petrarca: Laura.” (DOTTI, 2006, p. 72). Daquela manhã em diante, Petrarca dedicou todas as líricas de amor da sua existência a ela. Essas líricas integram o Canzoniere, composto por trezentos e dezessete sonetos, vinte nove canções, nove sextinas, sete baladas e quatro madrigais.