Article
Associação entre grau de dependencia do paciente em cuidados paliativos com a maior chance de óbito hospitalar
Autor
Espindola, Schirley de
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão (Residência). Universidade Federal de Santa Catarina. Comissão de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde. Residência Integrada Multiprofissional em Saúde. Objetivo: Analisar se predição clínica de expectativa de sobrevida pela equipe médica, o escore da Palliative Performance Scale e o grau de dependência de cuidados conforme a avaliação da enfermagem, são fatores clínicos associados a maior chance de óbito intra-hospitalar.
Método: Trata-se de um estudo transversal, prospectivo, do tipo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital universitário público no sul do País, entre o período de março a agosto de 2019, com uma amostra de 59 pacientes assistidos pela equipe de cuidados paliativos (nível de significância 95%, sem perda amostral). Os fatores clínicos investigados foram predição clínica de sobrevida, grau de dependência de cuidados e escore da Palliative Performance Scale, subimetidos a regressão logistica binominal. Idade, presença de doença oncologic e temo de internaão foram incluídos para ajuste do modelo.
Resultados: A predição clínica de sobrevida pela equipe médica de dias a semanas e o grau de dependência de cuidados definido pela equipe de enfermagem como sendo semi-intensivos, foram significativamente associados a maior chance de óbito intra-hospitalar (razão de chance de 20,04 e 18,44 respectivamente). O escore da Palliative Performance Scale, a idade, o tempo de internação ou ter doença oncológica não apresentaram associação estatisticamente significativa à maior chance de óbito intra-hospitalar. A área sob a curva ROC foi de 0,88.
Conclusão: Os fatores clínicos associados à maior chance de óbito intra-hospitalar mostra a acurácia da equipe de cuidados paliativos, além da demanda necessária de cuidados dispensados aos pacientes pela equipe de enfermagem, incluindo cuidados com o óbito hospitalar. Existe a necessidade de mais estudos para a avaliação externa deste modelo.