TCCgrad
A interação e coordenação da política fiscal e monetária no Brasil: uma análise da dominância fiscal e dos impactos sobre a inflação.
Autor
Carvalho, Rebeca Pastorelli
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Economia. O trabalho procura investigar se houve dominância fiscal no Brasil entre os anos de 2000 e
2015. Como alguns períodos da economia brasileira foram fortemente afetados por
constrangimentos de ordem fiscal, analisa-se a coordenação entre as políticas fiscal e monetária
através da revisão teórica e posteriormente pela estimação de longo prazo entre as variáveis
macroeconômicas. Sargent e Walace iniciaram o debate sobre coordenação entre as políticas já
em 1981, expondo que a dominância monetária implica em um superávit que mantenha
constante a relação dívida/PIB enquanto na dominância fiscal, a autoridade fiscal define sua
atuação independente do orçamento proposto, anunciando possíveis déficits ou superávits.
Alguns períodos, como os anos de 2002 e 2015, sugerem que a política fiscal foi dominante no
Brasil. A fim de averiguar se de fato tal dominância aconteceu, foi feito um teste de raiz unitária
sobre as séries temporais de cinco variáveis macroeconômicas, como a taxa de inflação, a taxa
de câmbio real, a taxa de juros, o índice EMBI e a NFSP/PIB, para depois estimar a relação de
longo prazo através do teste de cointegração. Tal relação indicou que apesar da alta influência
dos fatores fiscais sobre a inflação, a taxa de juros ainda tem predominância, permitindo
concluir que o Brasil se encontra em um regime de dominância monetária.