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A FEIRA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO COMO OPORTUNIDADE DE INCLUSÃO SÓCIO-PRODUTIVA DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Autor
FROEHLICH, José Marcos
RODRIGUES, Uilian Pavanatto
VATTATHARA, Saritha Denardi
MANZONI, Priscila
Institución
Resumen
Através de ações articuladas entre o Núcleo de Estudos e Extensão em Desenvolvimento
Territorial – NEDET/UFSM, o Projeto Esperança/Cooesperança e a Incubadora Social da
UFSM, foi oportunizado às Comunidades Quilombolas de Júlio Borges (Salto Jacuí/RS) e
Linha Fão (Arroio do Tigre/RS) participarem pela primeira vez da Feira Internacional do
Cooperativismo (FEICOOP), em Santa Maria/RS. A edição jubilar da 25ª FEICOOP
ocorreu em Julho de 2018, tendo como principais objetivos a prática e a difusão da
economia solidária, sustentada pelos princípios da solidariedade, participação, autogestão,
inclusão social, sustentabilidade, comércio justo e interculturalidade, proporcionando
espaços de trocas de experiências e produtos entre agricultores e artesãos de todo o
continente sul-americano. Destarte, o presente trabalho constitui-se como um relato de
experiência, ressaltando a importância da FEICOOP na reelaboração e auto-afirmação da
identidade quilombola. Contando com dois espaços de comercialização, mulheres das
respectivas comunidades quilombolas expuseram, ao longo dos três dias do evento,
produtos alimentícios tradicionais como amendoim, rapaduras, pés-de-moleque, paçocas,
mandiocas, batatas doces e artesanatos. As comunidades foram identificadas com banners
e folders que traziam, de forma sucinta, suas trajetórias históricas e seus produtos. Durante
o evento também foi organizado o painel Inclusão Social e Produtiva em Comunidades
Quilombolas: experiências e desafios, que proporcionou às comunidades, entidades
parceiras e ao público em geral, espaços de manifestação e informação sobre as condições
de vida e principais dificuldades na mediação para o acesso às políticas públicas. Espaços
como a FEICOOP são relevantes para a afirmação da identidade quilombola, pois
permitem ampliar a rede de contatos e a visibilidade de grupos subalternos, estabelecendo
melhores condições para as suas lutas e reivindicações sociopolíticas.