TCCgrad
Comparação das frequências de Síndrome Coronariana Aguda no período pré-pandemia e durante o distanciamento social
Autor
Macarini, Vitor Henrique
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde. Curso de Medicina. Introdução: Sendo a SCA um problema de saúde pública, a disseminação do vírus Sars-CoV2 em 2020 e a posterior pandemia com uma mudança no padrão de vida da população pode
propiciar um aumento nos fatores de risco para o desenvolvimento de SCA. Objetivos:
comparar as frequências de Síndrome Coronariana Aguda (SCA) no período pré-pandemia e
durante o isolamento social. Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo,
retrospectivo, com prontuários de diagnósticos relacionado a SCA nos períodos de abril a julho
de 2019, 2020 e 2021. Resultados: Incluímos 77 pacientes, sendo que 17 (22%) era
correspondente a IAMCSST, 20 (26%) a IAMSSST e 40 (52%) a angina instável. O ano de
2019 apresentou o maior número de casos de SCA, 45 pacientes, o ano de 2020, 22, e 2021, 10.
Em relação a 2019, os anos de 2020 e 2021 mostraram uma redução de 51% e 77% no número
total de SCA. O sexo masculino foi o mais acometido em 2019 e 2020 (64%, 68%), exceto em
2021, sendo o feminino (60%). Os principais fatores de risco nos 3 anos foram hipertensão e
cardiopatia isquêmica. A dor tipo A foi a mais presente (64%) nos 2 primeiros anos, exceto no
ano de 2021 (40%). Durante o ano de 2019, a média de tempo até o diagnóstico era de 9h,
enquanto nos anos de 2020 e 2021 a média de tempo foi de, respectivamente, 8,7 e 9,25 horas.
O diagnóstico foi estabelecido em 86% dos casos com troponina cardíaca e/ou CKMB seriadas.
Após o diagnóstico, 34% dos pacientes foram submetidos a angioplastia primária e 22% a
cirurgia de revascularização miocárdica. Apenas 2 pacientes (2,6%) receberam fibrinolítico.
Conclusão: a frequência de SCA diminuiu durante o distanciamento social. Além disso, o
tempo desde o início dos sintomas até o diagnóstico se manteve constante. Introduction: As ACS (Acute Coronary Syndrome) is a public health problem, the spread of
the Sars-CoV-2 virus in 2020 and the subsequent pandemic with a change in the population's
standard of living may lead to an increase in risk factors for the development of ACS.
Objectives: to compare the frequencies of ACS in the pre-pandemic period and during social
isolation. Methods: This is a descriptive, retrospective observational study with diagnostic
records related to ACS in the periods from April to July 2019, 2020 and 2021. Results: We
included 77 patients, 17 (22%) of which were corresponding to STEMI, 20 (26%) to NSTEMI,
and 40 (52%) to unstable angina. The year 2019 presented the highest number of cases of ACS,
with 45 patients, while 2020 presented 22 and 2021 presented 10 patients. In relation to 2019,
the years 2020 and 2021 presented a reduction of 51% and 77% in the total number of ACS.
Males were the most affected in 2019 and 2020 (64% and 68%), except in 2021, being female
(60%). The main risk factors at 3 years were hypertension and ischemic heart disease. Type A
pain was the most present (64%) in the first 2 years, except in 2021 (40%). During 2019, the
mean time to diagnosis was 9 hours, while in 2020 and 2021 the mean time was 8.7 and 9.25
hours, respectively. Diagnosis was established in 86% of cases with serial cardiac troponin
and/or CKMB. After diagnosis, 34% of patients underwent primary angioplasty and 22%
underwent myocardial revascularization surgery. Only 2 patients (2.6%) received fibrinolytic
treatment. Conclusion: the frequency of ACS decreased during social distancing. In addition,
the time from the onset of symptoms to the diagnosis remained constant.