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DIÁLOGOS SOBRE PAULO FREIRE ENTRE PROFISSIONAIS EDUCAÇÃO: INTERLOCUÇÕES NECESSÁRAS HUMANIZADORA
Autor
PAULA, Lucimara Cristina de
MARTINS, Jéssica Cristiane
CARON, Alana Flávia Baniski
RIBEIRO, Janaína Silveira
Institución
Resumen
Atendendo ao interesse de profissionais da Saúde de Ponta Grossa, que em 2017
participaram do curso de extensão “Paulo Freire: fundamentos de uma práxis educativa
transformadora na formação de educadores(as)”, em 2018 foram desenvolvidas oficinas
sobre a produção freiriana com diversos profissionais no Núcleo de Educação Permanente
– NEP, vinculado à Fundação Municipal da Saúde. Essa proposta, que faz parte do Projeto
de Extensão “Leitura de mundo e leitura da palavra: caminhos freirianos para trabalhos
educativos emancipadores”, teve o objetivo de realizar estudos e diálogos sobre as obras de
Paulo Freire, compreendendo os princípios que fundamentam seu pensamento sobre
educação e engajar-se na construção de práticas educativas que estejam coerentes com os
princípios freirianos. A metodologia das oficinas incluiu o diálogo sobre as obras freirianas,
a discussão sobre o conteúdo de imagens e vídeos produzidos a respeito de Paulo Freire e a
sistematização das contribuições das oficinas à formação pessoal e profissional dos
participantes. A escrita de narrativas sobre situações vividas no cotidiano de trabalho, para
discussão a respeito dos diferentes contextos da Saúde, e a escrita de cartas ao autor
estudado, expressando os conhecimentos construídos na interlocução entre o campo da
Saúde e a pedagogia progressista freiriana, constituíram propostas de avaliação. Como
contribuições para uma formação humana e profissional críticas, as cartas apontaram que a
produção freiriana possibilitou: reconhecer a atualidade do pensamento de Paulo Freire
para a análise do contexto histórico atual; observar a necessária coerência entre o que
fazemos e dizemos; educar-se para a humildade nas relações com as pessoas, aprendendo
com elas; indignar-se diante da banalização da violência e do preconceito, buscando a
transformação das relações e dos contextos; posicionar-se como sujeito histórico capaz de
criar e recriar o mundo; resistir ao medo não permitindo que ele paralise, lutando por
formas justas e democráticas de viver.