Article
Formas matemáticas no olhar sobre o corpo humano: pensamento, técnica, arte e educação
Autor
Kerscher, Mônica Maria
Flores, Cláudia Regina
Institución
Resumen
Este artigo é um exercício analítico acerca de um modo de pensar em que a matemática
opera nas formas de representar e falar sobre o desenho do corpo humano. Com uma atitude
problematizadora, indaga-se: como e de onde provém uma técnica que coloniza modos de representar
e olhar para o corpo em atividades de arte e matemática na sala de aula? Isto significa analisar
uma modulação do olhar e do pensar que organiza a representação imagética do corpo humano,
dá forma à imagem e ordena o pensamento, em que a matemática opera como agente e efeito de
um modo de colonização. Para tanto, toma-se diferentes modos de representar o corpo na história
da arte, operando num movimento teórico-metodológico, com “a perspectiva da visualidade para
a visualização em Educação Matemática”. Com isso, levantam-se possibilidades outras de (re)
pensar com imagens, analisando-as sob o viés de um pensamento matemático decolonial, ou seja,
um pensamento que questiona e denuncia os efeitos de verdade e as visualidades matemáticas
hegemônicas. Disto, então reinventar-se para re-existir na Educação Matemática This article is an analytical exercise on a way of thinking in which mathematics operates in
the ways of representing and speaking about human body drawing. With a problematic attitude, one
asks: how and where does a technique that colonize ways of representing and looking at the body
in art and math activities in the classroom come from? This means analysing a modulation of look and thinking that organizes the imagetic representation of the human body, shapes the image, and
orders thought, in which mathematics operates as the agent and effect of a mode of colonization.
Therefore, it takes different ways of representing the body in art history, operating in a theoreticalmethodological movement, with “the perspective of visuality for visualization in Mathematical
Education”. Thus, other possibilities of (re) thinking with images are raised, analysing them under
the bias of a decolonial mathematical thought, that is, a thought that questions and denounces the
effects of truth and the hegemonic mathematical visualities. From this, then reinventing itself to
re-exist in Mathematical Education.