Este artigo investiga a relação orientador/orientando em cursos de mestrado e doutorado em programas brasileiros de pós-graduação na área de Administração a partir dos construtos “mentoria” e “mentoria acadêmica”. A hipótese testada no estudo, através de análise estatística descritiva, análise fatorial, análise de confiabilidade e análise de conglomerados (SSA), com 405 respostas obtidas a partir de um formulário online, buscou identificar se o comportamento dos orientadores, na visão dos orientandos, pode ser caracterizado como uma relação de mentoria acadêmica de qualidade. A escala utilizada para a pesquisa foi a MBS (Mentor Behavior Scale) desenvolvida por Broudeur et al (2015), uma escala do tipo likert (nesta pesquisa com seis pontos), onde as 15 variáveis estão distribuídas em quatro categorias: estrutura, envolvimento, suporte às competências e suporte à autonomia. Os resultados mostraram que a escala tem maior poder explicativo quando excluídas as variáveis de suporte à autonomia e que as demais variáveis possuem alto grau de agrupamento em um único construt, de modo que sua divisão em categorias parece ser mais didática. Além disso, a hipótese testada foi corroborada de forma significativa, de modo que orientadores costumam se comportar como mentores acadêmicos, revelando um maior impacto sobre mestrandos.