info:eu-repo/semantics/article
Imaginary and linguistic policy: meanings about indigenous peoples in official documents
Imaginário e política linguística: sentidos sobre o indígena em documentos oficiais
Registro en:
10.5007/1984-8420.2022.e83563
Autor
Pierezan, Marisa
Stübe, Angela Derlise
Institución
Resumen
This article intended to understand the imaginary in the constitution of the discourse analyzing effects of senses produced on the indigenous subject in official documents, as well as, comprehend how the imaginary impacts on public policies for indigenous school education and encourage initiatives for teaching and valuing indigenous languages. The file of this research encompassed the legislation CNE/CEB nº 14, from 19 of September and by the Resolution CEB nº 3, from 10 of November of 1999; those are about the National Curricular Guidelines for Indigenous School Education. The hypothesis was about the interdiscursive repeatability schemes (IRSs) - used to refute the past and stabilize the present -, contained in the discourse about. Accordingly, by creating a place for this policy and an imaginary place of an indigenous subject, produced a space of tension, generating resonances in relation to the imaginary and, consequently, in relation to the constitution of the indigenous subject and the policies of indigenous school education. As a research hypothesis that the interdiscursive repeatability schemes – used to refute the past and stabilize the present –, in the discourse “about”, by creating a place for this policy and an imaginary place of indigenous subject. Thus, it produces a space of tension, generating resonances in relation to the imaginary and, subsequently, in relation to the constitution of the indigenous subject. The discursive perspective taken understands the subject as split, cleaved and barred by language and works with meaning effects, unveiling that both the incompleteness of the discourse and the subject. From the analysis, the real of the language, the real of the history and the real of the subject person signaled that it was by the imaginary that an indigenous subject was constituted that it is an indefinite mixture, a “between”, a “belongs/no/belongs”. The documents produced an imaginary about the indigenous subject who is neither one nor the other; it is neither the same nor different. It is not an indigenous subject, but it is not a non-indigenous subject either, reverberating on indigenous school education policies. Este artigo visa compreender o imaginário na constituição do discurso, analisando efeitos de sentidos produzidos sobre o sujeito indígena em documentos oficiais, bem como compreender como o imaginário impacta em políticas públicas para a educação escolar indígena e incentivar iniciativas para o ensino e a valorização das línguas indígenas. O arquivo foi constituído pelo Parecer CNE/CEB nº 14, de 19 de setembro de 1999 e pela Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999, que tratam das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena. Para tanto, trabalhou-se com a hipótese de que os esquemas interdiscursivos de repetibilidade – utilizados para refutar o passado e estabilizar o presente –, constantes no discurso sobre, ao criar um lugar para essa política e um lugar imaginário de sujeito indígena, produziram um espaço de tensão, gerando ressonâncias em relação ao imaginário e, consequentemente, em relação à constituição do sujeito indígena e às políticas da educação escolar indígena. A perspectiva discursiva adotada entende o sujeito como cindido, clivado e barrado pela linguagem e trabalha com efeitos de sentido, desvelando a incompletude do discurso e do sujeito. Com as análises, o real da língua, o real da história e o real do sujeito desvelaram que pelo imaginário se constituiu um sujeito indígena que é uma mistura indefinida, um “entre”, um “pertence/não/pertence”. Os documentos produziram um imaginário sobre o sujeito indígena que não é um, nem outro; não é igual, nem diferente. Não é sujeito indígena, mas também não é sujeito não-indígena, repercutindo nas políticas da educação escolar indígena.