This study aims to investigate the presence of indigenous women in the work of Daiara Tukano, an indigenous artist, through the clipping of the mural “Selva Mãe do Rio Menino”, painted in 2020, in a building in the city of Belo Horizonte-MG. To this end, analyzes of the technical and semantic aspects of the work were used, as well as a study of the female presence within the Tukano people, which demonstrates and justifies the cosmovision represented by Daiara in her work. In these analyses, was sought to bring and highlight the speeches of the indigenous people themselves, in order to democratize and decolonize academic discussions about works of art produced by indigenous artists. Finally, it was defined that the work of Daiara Tukano can be framed within the Decolonial Aesthetics, since it is made in the context of a contemporary art that seeks to detach artistic creation from eurocentric standards. The work accompanies a female role in the production and representation of contemporary art and opens up margins for the demarcation of spaces for indigenous artists, highlighting the importance that they themselves can question and break subordinating stereotypes constructed by coloniality.Esse estudo tem por objetivo investigar a presença da mulher indígena na obra de Daiara Tukano, artista indígena, através do mural “Selva mãe do rio menino”, pintado em 2020, em um edifício da cidade de Belo Horizonte-MG. Para tal, valeu-se de análises do aspecto técnico e semântico da obra, bem como um estudo da presença feminina dentro do povo Tukano, que demonstra e justifica a cosmovisão representada por Daiara em sua obra. Nessas análises, buscou-se trazer e protagonizar as falas dos/das próprios/as indígenas, de modo a democratizar e descolonizar discussões acadêmicas acerca das obras de arte produzidas por artistas indígenas. Por fim, definiu-se que a obra de Daiara Tukano dentro de uma Estética Decolonial, uma vez que é feita no contexto de uma arte contemporânea que busca desvincular a criação artística dos padrões eurocêntricos. A obra acompanha um protagonismo feminino na produção e na representação da arte contemporânea e abre margens para a demarcação de espaços para as artistas indígenas, colocando em evidência a importância de que elas mesmas possam questionar e romper estereótipos subalternizantes construídos pela colonialidade.