Aim: To assess the process of referral and counter-referral of patients referred by health unit from the city of Porto Alegre to treatment in the Oral Medicine Specialty. Material and methods: Cross-retrospective study analyzing secondary data from the information systems E-SUS and Gercon. We assessed 236 referrals regarding data of users and service/professionals and analyzed absolute and relative frequency, besides the chi-squared test of all categorical variables. Results: More than half the cases, 51.3%, referred to the specialty did not have a follow-up appointment with the Primary Health Care dentist and only 15.3% had been registered in the systems with orientation of follow-up appointments in the Primary Health Care. We found a statistically significant difference between the age and priority classification variables only. Discussion: The Manual of Specialization on Oral Health establishes referral and counter-referral criteria between Primary Health Care and Dental Specialty Centers, in which the preservation of the most complex cases must be carried out on a secondary level with recurring care in the Primary Health Care. We highlight that the relation between the Primary Health Care and Secondary Health Care must not be limited by flows; there must be dynamic, democratic processes that rely on the entirety of access to health care. Conclusion: It is possible to notice the fragility that is present in the interface of Primary and Secondary Health Care in the comprehensive care for patients referred to the Oral Medicine specialized services.Objetivo: Avaliar o processo de referência e contrarreferência dos pacientes encaminhados por uma US do município de Porto Alegre, para tratamento na Especialidades de Estomatologia. Materiais e métodos: Pesquisa de caráter transversal retrospectivo, realizada a partir da análise de dados secundários, dos sistemas de informação E-SUS e Gercon. Foram avaliados 236 encaminhamentos em relação aos dados dos usuários e do serviço/profissional, realizou-se análise de frequência absoluta e relativa, além do teste qui-quadrado de todas as variáveis categóricas. Resultados: Mais da metade dos casos, 51,3%, encaminhados para a especialidade não tiveram retorno com dentista da APS e apenas 15,3% tinham algum registro nos sistemas com orientação de retorno para APS. Encontrou-se diferença estatisticamente significativa apenas entre as variáveis de idade e classificação de prioridade.  Discussão: O Manual de Especialidades em Saúde Bucal estabelece critérios de referência e contra referência entre APS e CEOs, em que a preservação dos casos mais complexos deve ser realizada no nível secundário sem que se perca a continuidade do cuidado na APS. Porém mais da metade dos casos encaminhados não tiveram retorno com dentista da APS. Ressalta-se, que a relação entre APS e Atenção Secundária à saúde não deve limitar-se a fluxos, tem que envolver processos dinâmicos, democráticos e baseado na integralidade do acesso a assistência. Conclusão: É possível perceber a fragilidade presente na interface da APS e Secundária no cuidado integral dos pacientes encaminhados para os serviços especializados de Estomatologia.