Tese
Síndrome hipertensiva gestacional e desfecho neonatal em prematuros
Fecha
2022-12-15Registro en:
MOURA, Marta David Rocha de. Síndrome hipertensiva gestacional e desfecho neonatal em prematuros. 2021. 80 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Moura, Marta David Rocha de
Institución
Resumen
Objetivo: Avaliar o impacto dos distúrbios hipertensivos gestacionais em recém-nascidos prematuros
com menos de 34 semanas e estabelecer as principais morbidades e a taxa de mortalidade no
período neonatal e aos 18 meses. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional
retrospectivo com 695 recém-nascidos prematuros em idade gestacional (IG) entre 24 e 33 semanas
e 6 dias, atendidos na UTI Neonatal do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), no período de 1º
de janeiro de 2014 a 31 de julho de 2019. Foram avaliados 308 bebês de mães hipertensas (G1) e
387 de mães normotensas (G2). Gestações gemelares e pacientes diabéticos com malformações
graves foram excluídos. Foram analisados durante a internação o diagnóstico de síndrome do
desconforto respiratório (SDR), ultrassonografia cerebral, diagnóstico de displasia broncopulmonar
(DBP), diagnóstico de enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade, taxa de amamentação
na alta, sobrevida na alta e aos 18 meses de idade cronológica. Resultados: O grupo G1 apresentou
maior risco de bebês pequenos para a idade gestacional (OR 2,4; IC 95% 1,6 - 3,6; p <0,00), bem
como maior risco de nascer com peso inferior a 850 g (OR 2,4; IC 95% 1,2 - 3,5; p <0,00). Os recémnascidos de mães com hipertensão apresentaram mais enterocolite necrosante (OR 2,0; IC 95% 1,1-
3,7). Não foram observadas diferença entre os grupos com relação ao tempo de permanência em
ventilação mecânica e diagnóstico de DBP. A sobrevida foi melhor em recém-nascidos de mães
normotensas e esse foi um fator de proteção para o óbito (OR 0,7; IC95% 0,5 - 0,9; p <0,01). A
sobrevida aos 18 meses de idade cronológica foi semelhante entre os grupos. Conclusão: A
hipertensão arterial na gestação pode aumentar o risco de baixo peso bebês pequenos para a idade
gestacional (PIG), óbitos no período neonatal e enterocolite, sem diferenças de peso e sobrevida aos
18 meses de idade cronológica.