Tese
Escolas transformadoras : vivências educativas à luz da teoria histórico-cultural
Fecha
2022-12-21Registro en:
ALMEIDA, Sheyla Gomes de. Escolas transformadoras: vivências educativas à luz da teoria histórico-cultural. 2022. 301 f., il. Tese (Doutorado em Educação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Autor
Almeida, Sheyla Gomes de
Institución
Resumen
Esse trabalho de pesquisa foi realizado no bojo do Programa de Pós-graduação
em Educação (PPGE) da Universidade de Brasília (UNB) na linha de pesquisa
Escola, Aprendizagem, Ação Pedagógica e Subjetividade na Educação (EAPS).
Teve como objetivo investigar escolas, aqui denominadas ‘transformadoras’, que
têm se proposto a realizar seus processos e relações educativas sob paradigmas
diferentes dos estabelecidos pela educação institucionalizada/bancária e como
tem influenciado no desenvolvimento das pessoas educadas por elas. Inicia-se
com uma crítica à educação bancária alienante, sob o prisma das sucessivas
crises que enfrentamos na atualidade, seguida da pesquisa que trata das
mudanças paradigmáticas realizadas pelas escolas transformadoras. A busca
de dados e resultados foi realizada em vídeos de séries documentais e
institucionais referentes a esse tipo de escola. Para tanto, foram definidos
critérios para seleção dos vídeos, que foram vistos, transcritos, selecionadas as
falas em função da tese e estas foram organizadas em planilhas de acordo com
os temas identificados em comum e realizadas as análises. Ainda, foi feita uma
revisão de literatura, com buscas em plataformas oficiais de trabalhos científicos
que abordam pesquisas inerentes à essas escolas. A pesquisa e análises se
apoiaram principalmente na perspectiva histórico-cultural de Lev Semionovitch
Vigotski e na filosofia pedagógica humanizadora de Paulo Freire, entre outros/as
autores/as, que respaldam de forma contundente as relações e processos
educativos desenvolvidos por essas escolas. Para tanto, os objetos de análise
foram a “palavra”, as “vivências” e o “meio”, por intermédio das falas de pessoas
que vivenciam e vivenciaram essas escolas, que demonstram o meio educativo
intencionalmente organizado para oportunizar vivências permeadas de ações,
relações, princípios, valores, conhecimentos e concepções, como: liberdade,
responsabilidade, respeito, autonomia, cooperação, diálogo, reflexão crítica,
gestão participativa, entre outros, que oportunizam e geram compreensões e
aprendizados que influem diretamente no desenvolvimento humano em sua
integralidade, por se tratar de elementos ontológicos do humano, dialeticamente
confluentes entre as dimensões, biológica, cognitiva, emocional, cultural, entre
outras. Constituindo-se em elementos mobilizadores de novos sentidos para
relações educativas e consequentemente sociais, configurando-se numa
educação social, por meio de dispositivos individuais e coletivos indutores de
autonomias nos campos da ação, pensamento e emoções. Desta forma, essa
pesquisa demonstrou a tese que “as escolas transformadoras, mediante seus
processos, relações e meios educativos, oportunizam vivências que engendram
nas pessoas por elas educadas, sentidos e atitudes que podem colaborar com o
desenvolvimento de relações sociais e culturais mais humanizadas”.