Dissertação
A hora do almoço : um estudo descritivo do comportamento de crianças pré-escolares e de adultos acompanhantes
Fecha
2023-01-20Registro en:
BRITO, Maria Elisa Fonseca de. A hora do almoço: um estudo descritivo do comportamento de crianças pré-escolares e de adultos acompanhantes. 1984. xvii, 182 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 1984.
Autor
Brito, Maria Elisa Fonseca de
Institución
Resumen
O objetivo deste estudo foi a identificação e a descrição das variáveis mais significativas presentes na atuação de refeição de crianças de três a cinco anos, pertencentes à classe media. Os sujeitos foram vinte crianças pré-escolares, sendo dez meninos e dez meninas, e os adultos que as acompanhavam durante o almoço. Os dados foram coletados na casa da família, por meio de observação direta da situação de almoço com registro: de lápis e papel e gravação sonora, e entrevista com a mãe. Foram observados dois almoços, para cada criança, num total de 797,5 minutos .Verificou-se que as crianças passaram a maior parte do tempo alimentando-se, embora quase todas tenham deixado restos de comida no prato e não tenham repetido nenhum alimento. Dezenove crianças apresentavam-se em bom estado nutricional. O tipo de verbalização mais comumente emitido pelos adultos foi o comando, em geral, referente ã tarefa. As verbalizações de auxílio ou informação também foram bastante frequentes enquanto os elogios foram raros. A maioria dos adultos serviu no prato da criança uma quantidade de alimentos superior a que esta conseguiu ingerir. Apenas cinco crianças tiveram modelo adulto de comportamento alimentar. Houve inconsistência entre o relato das mães obtido pelas entrevistas e os dados colhidos por observação. As mães tiveram expectativas de mudança do comportamento alimentar, mesmo quando as crianças estavam entre as que se alimentaram melhor. A diferença entre sexos mais importante foi no nível de atividade, quando os meninos foram sempre mais ativos que as
meninas. Os resultados sugerem que os adultos estavam preocupados em fazer com que as crianças ingerissem mais
alimentos e, no entanto, seu comportamento dificultava a apresentação da cadeia alimentar pelas crianças e as impedia
de desenvolver seus próprios hábitos alimentares.