Dissertação
Financeirização na Educação Básica : um estudo sobre a Vasta Educação
Fecha
2022-12-07Registro en:
LIMA, Raimundo da Silva. Financeirização na Educação Básica: um estudo sobre a Vasta Educação. 2022. 111 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Autor
Lima, Raimundo da Silva
Institución
Resumen
Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender como se dá financeirização na educação básica por meio da análise de movimentos e estratégias de empresas educacionais de capital aberto com o foco no grupo Vasta. Elencou-se, para tal, três objetivos específicos: verificar as origens do fenômeno pesquisado e fornecer os subsídios teórico-metodológicos utilizados na análise proposta; analisar o momento recente pelo qual a educação básica passa – entre 2017 e 2021; e analisar como a Vasta Educação se insere no fenômeno observado, bem como os impactos da sua atuação para a educação básica brasileira. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa que incluiu pesquisa bibliográfica e documental, bem como o uso de estatística descritiva, tendo como principais fontes de dados o Censo da Educação Básica, a Consultoria Hoper Educacional e os relatórios trimestrais divulgados pela Vasta, assim como os fatos relevantes publicados nas bolsas de valores (B3 e Nasdaq). As buscas nos sites institucionais e das bolsas de valores também foram de fundamental importância, dada a natureza dinâmica do mercado educacional, que está em constante mudança, sendo necessário também a realização de buscas junto aos principais jornais e cadernos de economia do País, como Folha de S. Paulo, Valor Econômico, O Globo, entre outros. O estudo concluiu que a trajetória percorrida pela empresa Vasta se insere no fenômeno da financeirização, pois as estratégias por ela desempenhadas têm como premissa fundamental a maximização dos ganhos e a remuneração dos investidores em detrimento de princípios educacionais. Entre os impactos para a educação básica está a maior participação da empresa nesse nível de ensino, alcançando 20% dos alunos matriculados em instituições privadas. Há ainda as consequências para o processo educacional, uma vez que a prioridade da empresa nos investidores institucionais desconsidera a trajetória, missão e cultura das instituições consideradas parceiras, afetando negativamente o direito público subjetivo de estudantes brasileiros.