bachelorThesis
Tecnologias Sociais e o Sisteminha Embrapa: Alternativas para os Sistemas de Produção Atuais
Date
2022Author
Berezoski Filho, Miguel Storniolo
Institutions
Abstract
Este trabalho é o resultado de uma pesquisa sobre a aplicação de tecnologias sociais para produção do próprio alimento. A hipótese desta pesquisa é que a criação de políticas públicas de autoconsumo impactam positivamente a oferta de alimentos através da venda
do excedente produzido. O objetivo principal deste trabalho é fazer um levantamento
bibliográfico a respeito das tecnologias sociais a respeito da produção de alimentos de
baixo custo e alta produtividade. A metodologia aplicada, foi a pesquisa bibliográfica acerca de tecnologias sociais que apoiem o autoconsumo e segurança alimentar. O principal modelo de produção que será analisado é conhecido como Sisteminha Embrapa. O propósito desta tecnologia social é fornecer alimento para suprir a necessidade da
família, além de resolver problemas locais, as tecnologias sociais têm o papel de incluir
socialmente quem está à margem do mercado. Produzindo comida e insumos em 19
módulos. Cada unidade de produção gera um subproduto que servirá de insumo para o
próximo meio de produção do sisteminha. O Sisteminha Embrapa enquanto política
pública tem a capacidade de mudar a realidade local, começando pelas famílias que passam a produzir o seu próprio alimento, assim como para o restante do município que passa a receber alimentos locais frescos. Neste sentido a prefeitura é de grande ajuda ao fornecer assistência técnica, insumos e a compra do excedente da produção para merenda escolar e outras políticas públicas. O resultado em escala torna-se significativo e verificável, é possível produzir cinco mil e seiscentos ovos por família em
menos de um ano, gerando renda e segurança alimentar. Com mil famílias produzindo
equivale a quatrocentas e sessenta mil dúzias de ovos de galinha, quatrocentas toneladas
de adubo, duzentas toneladas de verduras e noventa toneladas de peixe (EMBRAPA, 2013). Estas mil famílias ao produzirem quinhentas toneladas de frango, quinhentos mil dúzias de ovos de codorna por ano, têm a capacidade de abastecer parte do consumo
local de alimentos, gerando renda a partir do que é produzido no próprio município. Além disso, a escala de produção destas mil famílias movimenta a economia local desde a implantação dos sisteminhas, ao comprar dos alevinos, pintos, ração, bebedouros, sementes, lona, bombas d’água e demais equipamentos necessários para instalação do
projeto. Portanto, considero que o autoconsumo associado a políticas públicas de incentivo à produção de alimentos tem a capacidade de mudar a realidade local não somente das famílias produtoras de alimentos, mas também na qualidade de vida dos
consumidores do excedente produzido pela agricultura familiar.