info:eu-repo/semantics/article
Retomada Tupinambá em Olivença: reflexões acerca da indianidade e permanência indígena a partir de um mandado de segurança
Autor
Vilas Bôas, Mariana
Institución
Resumen
This paper deals with the legal/socio-technical controversy surrounding the demarcation of the Tupinambá de Olivença Indigenous Land. The objective I sought to achieve was to identify and discuss the main arguments triggered by non-indigenous people in order to prevent the recognition of the right of indigenous peoples to their traditional lands and, on the other hand, to understand the practices of resistance and indigenous territorialization in the face of a scenario of confrontation and confinement over five centuries of friction. By imposing their presence with justice, the Tupinambá make the court a cosmopolitical arena and impose constraints on those who intend to act in detriment to the existence of other beings, preventing them from doing so in an aseptic context. Este artículo aborda la controversia legal/sociotécnica en torno a la demarcación de la Tierra Indígena Tupinambá de Olivença. El objetivo que busqué lograr fue identificar y discutir los principales argumentos que desencadenaron los no indígenas para impedir el reconocimiento del derecho de estos pueblos a sus tierras tradicionales y, por otro lado, comprender las prácticas de resistencia y territorialización indígena ante un escenario de enfrentamiento y encierro a lo largo de cinco siglos de contacto y fricción. Al imponer su presencia en la corte, los tupinambá hacen de esta un escenario cosmopolítico e imponen constreñimientos a quienes pretenden actuar en detrimento de la existencia de otros seres vivos, impidiéndoles hacerlo en un ambiente aséptico. Este trabalho versa sobre a controvérsia jurídica/sociotécnica em torno da demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença. O objetivo que busquei alcançar foi identificar e discutir os principais argumentos acionados por não indígenas a fim de impedir o reconhecimento do direito dos povos indígenas às suas terras tradicionais e, por outro lado, compreender as práticas de resistência e territorialização indígena diante de um cenário de confronto e confinamento ao longo de cinco séculos de contato, fricção/atrito. Ao impor sua presença junto à justiça, os Tupinambá fazem do tribunal, uma arena cosmopolítica e impõem constrangimentos àqueles que pretendem agir em detrimento existência dos outros viventes, impedindo-os de fazê-lo em um ambiente asséptico.