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Madruga: Empresário ou vagabundo? Um tatuador ambulante na Belle-Époque carioca
Madruga: businessman or tramp? A wandering tattoo artist in Rio de Janeiro’s Belle-Époque
Autor
Souza, Fernando Lucas Garcia de
Institución
Resumen
O presente artigo analisará a crônica “Os tatuadores”, presente na obra “A alma encantadora das ruas”, de João do Rio, na qual o escritor carioca descreve o mercado ambulante de tatuagens que ocorre na região portuária da cidade. O autor retrata um Rio de Janeiro diferente daquele propagandeado pelos defensores da política de modernização de Pereira Passos, revelando uma cidade na qual um sem-número de sujeitos pobres procurava sobreviver, por vezes atuando em subprofissões ou atividades desprestigiadas. Entre essas atividades estava a de tatuador ambulante. É a partir da narrativa de João do Rio sobre Madruga, uma espécie de empresário de um mercado da marcação corporal, que procuraremos analisar o espaço ocupado por esses sujeitos na sociedade carioca da Belle-Époque. This article will analyze the chronicle "Os tatuadores", present in the work "A alma encantadora das ruas", by João do Rio, in which the writer describes the street tattoos market that occurs in the port area of the city. João do Rio describes a Rio de Janeiro different from the one defended by the enthusiasts of the modernization policy of Pereira Passos, revealing a city in which countless poor subjects try to survive, sometimes acting in subprofissions or discredited activities. Among these activities was the traveling tattoo artist. It is from the narrative of João do Rio about Madruga, a kind of businessman from a body marking market, that we will try to analyze the space occupied by these subjects in the society of Rio de Janeiro Belle-Époque.