info:eu-repo/semantics/article
Disobedient citizenships. Paradoxes and tensions around rights and what counts as human in disputes over abortion legalization
Ciudadanías desobedientes. Paradojas y tensiones en torno a los derechos y a lo que cuenta como humano en las disputas por la legalización del aborto;
Cidadania desobediente. Paradoxos e tensões em torno dos direitos e o que conta como humano nas disputas sobre a legalização do aborto
Autor
San Pedro, Constanza
Institución
Resumen
In the following pages I am interested in problematizing the notion of citizenship from a critical perspective that allows us to put into dialogue the idea of recognition and rights, in a specific normative framework that includes sexual norms, legislation, and a web of meanings and moral practices that operate as a grid of intelligibility of bodies and of what is considered human. Following Butler (2010, 2012), this normative framework distributes recognition in a differential way between those who adapt or do not adapt to the norm, between those who are legible and those who are not. Thus, some will be deserving of certain rights and others will not, some will be considered citizens and others will not. In particular, I propose to think of reproductive self-determination as a right that is differentially distributed, and at the same time as what is at stake in the struggles for the legalization of abortion. The categories of rights and citizenship in the feminist struggles of our time have been the object of dispute. I want then to think about the limitations and potentialities of both in the search for the construction of a more just world that seeks to minimize precariousness, rather than reproduce and maximize it. What inequalities does a discourse of rights reproduce? What other forms of citizenship are disputed in the street and collective actions around the legalization of abortion? What other citizenship do people with a uterus deserve to build and exercise? These are some of the questions that guide the present reflections. En las páginas que siguen me interesa problematizar la noción de ciudadanía desde una perspectiva crítica que permita poner en diálogo la idea de reconocimiento y de derechos, en un marco normativo específico que incluye normas sexuales, legislaciones, y un entramado de significaciones y prácticas morales que operan como una grilla de inteligibilidad de los cuerpos y de aquello que sea considerado como humano. Siguiendo a Butler (2010, 2012) ese marco normativo distribuye reconocimiento de manera diferencial entre quienes se adaptan o no a la norma, entre aquellxs que son legibles y aquellxs que no lo son. De este modo, algunxs serán merecedorxs de ciertos derechos y otrxs no, algunxs serán consideradxs como ciudadanxs y otrxs no. En particular propongo pensar la autodeterminación reproductiva como un derecho que se distribuye de manera diferencial, y a la vez como aquello que se pone en juego en las luchas por la legalización del aborto. Las categorías de derechos y ciudadanía en las luchas feministas de nuestro tiempo han sido objeto de disputa. Quiero entonces pensar las limitaciones y potencialidades de ambos en la búsqueda de la construcción de un mundo más justo que busque minimizar la precariedad, más que reproducirla y maximizarla. ¿Qué desigualdades reproduce un discurso de los derechos? ¿Qué otras formas de ciudadanía se disputan en las acciones callejeras y colectivas en torno a la legalización del aborto? ¿Qué otra ciudadanía merecemos las personas con útero construir y ejercer? Estas son algunas de las preguntas que orientan las presentes reflexiones. Nas páginas seguintes estou interessado em problematizar a noção de cidadania numa perspectiva crítica que nos permita pôr em diálogo a ideia de reconhecimento e direitos, num quadro normativo específico que inclua normas sexuais, legislação e uma teia de significados e práticas morais que funcionam como uma grelha de inteligibilidade dos corpos e do que é considerado humano. Após Butler (2010, 2012), este quadro normativo distribui o reconhecimento de forma diferenciada entre aqueles que se adaptam ou não à norma, entre aqueles que são legíveis e aqueles que não o são. Desta forma, alguns serão merecedores de certos direitos e outros não, alguns serão considerados cidadãos e outros não. Em particular, proponho-me pensar na autodeterminação reprodutiva como um direito que se distribui de forma diferente, e ao mesmo tempo como o que está em jogo nas lutas pela legalização do aborto. As categorias de direitos e cidadania nas lutas feministas do nosso tempo têm sido objecto de disputa. Quero então pensar nas limitações e potencialidades de ambos na busca da construção de um mundo mais justo que procure minimizar a precariedade, em vez de a reproduzir e maximizar. Que desigualdades reproduz um discurso de direitos? Que outras formas de cidadania são disputadas nas ruas e acções colectivas em torno da legalização do aborto? Que outras cidadanias merecem as pessoas com útero para construir e exercer? Estas são algumas das questões que orientam estas reflexões.