Articulo
Del mito del Narciso a la <i>selfie</i> : Una arqueología de los cuerpos codificados
The Myth of Narcissus to selfie. An Archaeology of the Coded Bodies;
Do mito do Narciso à <i>selfie</i>. Uma arqueologia dos corpos codificados
Autor
Murolo, Norberto Leonardo
Institución
Resumen
En la contemporaneidad asistimos a la búsqueda por parte de los nuevos medios de sus propias identidades narrativas. Estas vienen acompañadas, generalmente, de novedosos usos de las tecnologías. En este sentido, el universo de las redes sociales virtuales nos propone diferentes modos de contar relatos audiovisuales, además de experimentaciones con el, los videojuegos y diversas formas de transmediación. En ese terreno coexisten narrativas y usos de viejos medios, convergen y se actualizan prácticas de sentido previas que se bautizan con nuevas nominaciones. Las redes sociales virtuales se encuentran insertas en una dinámica narrativa del Yo, propia de Internet. El sujeto de la comunicación —a veces llamado prosumidor— se cuenta generalmente a sí mismo, tiene amigos, seguidores y narra la cotidianidad de su vida para ellos. Alrededor de estas dinámicas, la imagen ocupa un lugar central. De allí que se afianzara la fotografía como práctica privilegiada en este espacio.
La <i>selfie</i> —fotografía autotomada— resulta una narrativa propia de las redes sociales virtuales. Sin embargo, en su existencia y genealogía participan otros lenguajes, como el mito, la pintura, la literatura, la fotografía como arte y diversas incorporaciones sociales de las tecnologías. Estos sentidos son los que nos interesa rastrear desde una perspectiva ensayística asentada en un relacionamiento bibliográfico arqueológico, para desde allí permitir una reflexión filosófica de un fenómeno actual poco explorado, siempre focalizando nuestro interés en el aspecto comunicacional de las dinámicas sociales que se despliegan mediante estos usos de la imagen. ¿Cuáles son los elementos constitutivos de una imagen producto de una fotografía autotomada para ser compartida en Internet? ¿Cuánto de esta relación personal con la propia imagen le pertenece al sujeto natural y cuánto al que se encuentra atravesado por la cultura? ¿A quién se dirige? ¿Qué comunica? ¿Qué le corresponde a la comunicación, como mirada, decir al respecto?
El fenómeno de la <i>selfie</i> es relativamente nuevo, al menos lo suficiente como para no hallarse material académico-científico que trate el tema. El tema le interesa a la prensa en relación con prácticas juveniles novedosas, de allí que existen artículos periodísticos que reflejan el fenómeno sin profundizar demasiado. El presente texto se propone como un <i>racconto</i> de información, historización y punto de partida para la profundización en la investigación y el análisis del fenómeno de la <i>selfie</i>, desde una perspectiva comunicacional. In the contemporary world we witnessed the search by the new media of their own narrative identities. These are accompanied, generally, to novel uses oftechnology. In this sense, the universe ofvirtual social networks proposes different ways of telling visual stories, along with experiments with multimedia, video games and various forms of transmediation. In that area coexist narratives and old uses of media, converge and practices ofprevious sense that are baptized with new nominations. Virtual social networks are embedded in a narrative dynamic of I (self), befitting of the Internet. The subject of communication, —sometimes called prosumer— usually counts oneself, has friends, followers and tells his/her everyday life for them. Around these dynamics, the image is central. Hence photography is held as the privileged practice in this space.
The selfie —self-made photograph— is a narrative of virtual social networks. However, in its existence and genealogy other languages participate, such as myth, painting, literature, photography as art and various social incorporation of the technologies involved. These senses are the ones we want to track from an essay based on an archaeological perspective bibliographic relationships, and from there allow a philosophical reflection of a current phenomenon unexplored, always focusing our interest on the communications aspect of social dynamics that unfold through these uses of the image. What are the constituent elements of a photograph, a product of a self-made image to be shared on the Internet? How much of this personal relationship with the image belongs to the natural subject and how that is crossed by culture? To whom is it addressed? What does it communicate? What does the communication have to say?
The Selfie phenomenon is relatively new, at least not enough to have academic and scientific materials that address the issue. The subject is of interest to the press in connection with new youth practices, hence there are newspaper articles that reflect the phenomenon without going into depth. The current text is proposed as a <i>racconto</i> of information, historicizing and a starting point for deepening research and analysis of the phenomenon of selfie, from a communications perspective. Na contemporaneidade, assistimos à busca por parte dos novos meios de suas próprias identidades narrativas. Estas vêm acompanhadas, geralmente, de inovadores usos das tecnologias. Nesse sentido, o universo das redes sociais virtuais propõe-nos diferentes modos de contar relatos audiovisuais, além de experimentações com a multimídia, com os videogames e com diversas formas de transmediação. Nesse terreno, coexistem narrativas e usos de velhos meios, convergem e atualizam-se práticas de sentido prévias que se batizam com novas denominações. As redes sociais virtuais encontram-se inseridas em uma dinâmica narrativa do Eu, própria da internet. O sujeito da comunicação —às vezes chamado prosumer— conta geralmente a si mesmo, tem amigos, seguidores e narra a continuidade de sua vida para eles. Ao redor dessas dinâmicas, a imagem ocupa um lugar central. Por isso, a fotografia estabeleceu-se como prática privilegiada nesse espaço.
A <i>selfie</i> —autorretrato— resulta uma narrativa própria das redes sociais virtuais. No entanto, em sua existência e genealogia, participam outras linguagens, como o mito, a pintura, a literatura, a fotografia como arte e diversas incorporações sociais das tecnologias. Esses sentidos são os que nos interessa investigar a partir de uma perspectiva ensaística assentada em um relacionamento bibliográfico arqueológico, para então permitir uma reflexão filosófica de um fenômeno atual pouco explorado, sempre centrando nosso interesse no aspecto comunicacional das dinâmicas sociais que se desdobram mediante esses usos da imagem. Quais são os elementos integrantes de uma imagem produto de um autorretrato para ser compartilhada na internet? Quanto dessa relação pessoal com a própria imagem pertence ao sujeito natural e quanto ao que se encontra atravessado pela cultura? Para quem está dirigido? O que comunica? O que tem a comunicação a dizer a respeito?
O fenômeno da <i>selfie</i> é relativamente novo, ao menos o suficiente para não se encontrar material acadêmico-científico a seu respeito. O tema interessa à imprensa com relação a práticas juvenis inovadoras, razão pela qual existem artigos jornalísticos que refletem o fenômeno sem aprofundar demais. O presente texto propõe-se como um <i>racconto</i> de informação, historização e ponto de partida para o aprofundamento na pesquisa e na análise do fenômeno da <i>selfie</i>, a partir de uma perspectiva comunicacional. Facultad de Periodismo y Comunicación Social