Tesis
Consumo alimentar e níveis de antioxidantes plasmáticos em mulheres com câncer de mama
Autor
Medeiros, Neiva Inez
Institución
Resumen
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição. Estima-se que o câncer de mama manter-se-á a primeira causa de morte de mulheres no Brasil, sendo que é o segundo principal câncer a acometer a população brasileira, com uma previsão para 2003 de 41.610 novos casos diagnosticados e com o registro de 9.335 mortes. Esta pesquisa é considerada um estudo de associação, modelo observacional de desenho caso controle e tem como objetivo avaliar o consumo de alimentos fontes de antioxidantes da dieta de pacientes com câncer de mama correlacionando com os níveis de antioxidantes do plasma. O primeiro grupo 34 mulheres com recém diagnóstico de câncer de mama (grupo de caso) e o segundo grupo de 35 mulheres comparáveis que não possuíam esta doença (grupo controle). Foram ajustados os fatores de riscos, índice de massa corporal, dados sócio econômicos e medidas preventivas. Para a avaliação da ingestão alimentar foi utilizado um Questionário de Freqüência Consumo Alimentar (QFCA) pregresso qualitativo dos últimos quatro anos e quali-quantitativo do momento atual, com informações específicas sobre o consumo de alimentos fontes de antioxidantes e de ácidos graxos, além de outros alimentos ou preparações que compõem a dieta habitual. Foram coletadas amostras sanguíneas para dosagem de colesterol total e frações, bilirrubinas, acido úrico, albumina sérica e analisado o nível total de antioxidantes do plasma do método TRAP. A faixa etária das mulheres do grupo de caso foi significativamente maior que a do grupo controle e houve diferenças significativas com relação a idade da menopausa porque muitas mulheres do grupo controle não haviam entrado na menopausa ainda. O grupo de caso apresentou um consumo maior de banha, carne com gordura na dieta pregressa e banha na dieta atual. O grupo controle apresentou um consumo significativo maior de laranja na dieta pregressa e tomate e peixe com gordura na dieta atual. Os exames bioquímicos demonstraram que o nível de colesterol foi significativamente mais alto nas pacientes do grupo caso. Foi verificado um aumento estatisticamente significativo nos níveis de antioxidantes totais e bilirrubina das pacientes do grupo controle, podendo indicar uma mobilização do sistema antioxidante não enzimático nas mulheres portadoras de câncer.