Geomorphologic, geologic and tectonic surveys carried out in the Juqueriquerê plateau region, which belongs to the southeastern Brazilian rift system, showed that this landform is made up of a discontinuous erosion surface, still recognizable on hilltops at altitudes varying from 700 to 750 m. This plateau stands some 500 m below the Moraes plateau and about 200 m below the Lourenço Velho plateau. The boundary between the Juqueriquerê plateau and the more elevated ones roughly follows the Camburu fault, thus suggesting a tectonic origin for the lowering of the Juqueriquerê plateau. The highest plateau (Moraes plateau) owe its origin to a Paleogene erosion surface, the remains of which can be found on the higher watersheds of the Tietê river, as well as in the highest peaks of the São Sebastião island. Erosional processes increased in the Neogene with the development of the Lourenço Velho plateau at a lower position. The faulting of this latter surface generated the Juqueriquerê plateau. The main regional structural trends originated in the Precambrian and were reactivated in the early Cretaceous, Eocene and early Miocene times. Some of the low intensity earthquakes which have been observed in the area may be related to the latest of these recurrent tectonic movements. The tectonic movements which gave rise to the Juqueriquerê plateau, although most concentrated along the Camburu fault, did not result in a single block, but rather in a series of smaller blocks of varied widths, separated by many smaller faults, which altogether lowered this surface by 200 to 300 meters.Investigações geomorfológicas, geológicas e tectônicas, realizadas na região do Planalto do Juqueriquerê, São Sebastião, SP, pertencente ao sistema de rifts da costa sudeste do Brasil, mostraram que esta feição morfológica é constituída por uma superfície erosiva descontínua, ainda reconhecível em topos de morros nivelados entre 700 e 750 m de altitude, cerca de 500 m abaixo do Planalto do Moraes e 200 m abaixo do Planalto do Lourenço Velho. A presença da importante Falha do Camburu, limitando o Planalto do Juqueriquerê daqueles mais elevados ao norte, é sugestiva de origem tectônica para esse desnivelamento. Conclui-se por um modelo de evolução morfotectônica que leva a interpretar, no modelado do relevo atual, restos da superfície paleogênica na região das cabeceiras do Rio Tietê e nas maiores elevações da Ilha de São Sebastião. No Neogeno, desenvolve-se a superfície erosiva do Lourenço Velho, parte da qual é abatida no Mioceno Superior, originando o Planalto do Juqueriquerê. As direções estruturais, que remontam ao Pré-Cambriano, foram reativadas no Cretáceo Inferior, no Eoceno e no Mioceno Inferior. Sismos de baixa intensidade, ainda hoje observados na região, em parte podem representar as manifestações mais recentes de tal tectonismo recorrente. O abatimento tectônico do planalto do Juqueriquerê, embora concentrado ao longo da Falha do Camburu, não se deu na forma de um bloco único, mas sim na forma de blocos menores e com larguras variadas, delimitados por diversas falhas de pequeno rejeito, que, no conjunto, propiciaram desnivelamento de 200 a 300 m.