info:eu-repo/semantics/article
GEOCHEMICAL BEHAVIOR OF THE RARE EARTH ELEMENTS OF THE PRE-CAMBRIAN MAGNESIAN METACARBONATE SEQUENCE (~1.8Ga) OF THE ORÓS MOBILE BELT
COMPORTAMENTO GEOQUÍMICO DOS ELEMENTOS TERRAS RARAS DA SEQUÊNCIA METACARBONÁTICA MAGNESIANA PRÉ-CAMBRIANA (~1.8Ga) DA FAIXA MÓVEL ORÓS
Autor
PARENTE, CLÓVIS VAZ
GUILLOU, JEAN JACQUES
CARVALHO JÚNIOR, LUIZ EDIVAN
Institución
Resumen
Geochemical studies of the Rare Earth Elements (REE) in magnesian carbonate sequences are still rare, mainly in Brazil. The reasons for this are numerous and vary from the low content of these elements in this kind of rocks to the lack of knowledge about the their distribution in carbonate rocks. The increase of sensibility of the analytical methods (ICP) made it possible to detect extremely low values and with better knowledge of these elements in sedimentary environments, its use has been a valuable tool to the understanding of magnesian carbonate deposits. The study of these elements in the magnesian metacarbonatic sequence of the Precambrian Orós Mobile Belt (~1.8Ga), which is characterized by an association of carbonates that vary from calcitic marbles (open sea) to dolomitic and magnesitic marbles (paralic marine) showed that there is a fractionation of the LREE from the calcitic marbles to the dolomitic and to the magnesitic marbles. In calcitic marbles, the REE are associated with the clay fraction, while in magnesitic marbles they seem to be associated with organic complexes and/or soluble complexes. The magnesitic marbles also present positive Ce and negative Eu anomalies, probably as a result of a shallow marine shelf environment under the influence of a continental reduced environment (lagunar). The magnesitic marbles also show a positive anomaly of Ce and Eu relative to the modern seawater, suggesting that the Proterozoic seawater was richer in these elements than its modern equivalent. seawater. O estudo geoquímico, através dos Elementos Terras Raras (ETR) em sequências carbonáticas magnesianas, é ainda raro, sobretudo no Brasil. As razões são várias e envolvem desde o baixo teor desses elementos juntos a essas rochas, outrora, aquém do limite de detecção dos equipamentos analíticos até a falta de conhecimentos sobre a distribuição desses elementos ao seio das rochas carbonáticas. Todavia, com a evolução da instrumentação analítica (ICP), capaz de detectar valores extremamente baixos e com o melhor conhecimento sobre a distribuição desses elementos em ambientes sedimentares, a sua utilização tem sido uma ferramenta indispensável à compreensão de sequência de rochas carbonáticas magnesianas. O conhecimento desses elementos, na sequência metacarbonática magnesiana pré-cambriana da Faixa Móvel Orós (~l,8Ga), que é caracterizada por uma assembleia de rochas metacarbonáticas, que vai de mármores calcíticos (mar aberto) a mármores dolomíticos e magnesíticos (ambientes marinhos parálicos), revelou que há um fracionamento de elementos terras leves (ETRL), indo dos mármores calcíticos, através dos mármores dolomíticos, aos mármores magnesíticos. Nos mármores calcíticos, os ETR estão em associações com as frações argilosas, enquanto nos mármores magnesíticos parecem ocorrer associados aos complexos orgânicos e/ou complexos solúveis. Os mármores magnesíticos apresentam ainda uma anomalia positiva de Ce e negativa de Eu. Isso pode indicar um ambiente plataformal marinho raso com influência redutora e continental (lagunar). Os mármores magnesíticos mostram também uma anomalia positiva de Ce e Eu em relação à água do mar atual, sugerindo diferenças composicionais, materializadas, sobretudo, por um maior enriquecimento desses elementos nas águas dos mares primitivos.