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Turmalinitos vulcanogênicos da formação Morro da Pedra Preta do Grupo Serra do Itaberaba (SP): petrografia, composição química da turmalina e implicações metalogenéticas
Registro en:
10.5327/S1519-874X2005000100001
Autor
Beljavskis, Paulo
Garda, Gianna Maria
Mansueto, Marcos de Souza
Silva, Dailto
Institución
Resumen
Tourmalinites associated with amphibolites, metachert, iron formation, metatuffs, metasedimentary, metavolcaniclastic and calc-silicate rocks were found in the Morro da Pedra Preta Formation, basal metavolcano-sedimentary sequence of the Serra do Itaberaba Group (São Paulo State, Brazil). The syn-sedimentary origin of the tourmalinites is attested by the deformation of the alternating tourmaline-rich and quartz-rich layers, the presence of rip-up clasts, and whole-rock chemistry similar to that of surrounding metassedimentary rocks. Microprobe analyses show that the tourmaline compositions are: 1) within the schorl-dravite series, for the examples associated with metatuffs, iron formation, metachert metavolcaniclastic and metasedimentary rocks, and 2) within the dravite-uvite series, for those associated with amphibolites, metatuffs and calc-silicate rocks. The former are characterized by low Ca and high Na and Al contents, with variable Fe and Mg contents (schorl-dravite series), whereas the latter, a F-bearing tourmaline, has low Na and Al and high Mg and Ca contents. The schorl component of the tourmaline of the proximal tourmalinites is indicative of the potential of Morro da Pedra Preta Formation for gold, which contrasts with the conditions required for the formation of volcanic massive sulphide deposits (hypersaline fluids and association with magnesian tourmalinites). The tourmaline of the various tourmalinites of the Morro da Pedra Preta Formation is not typically magnesian and its composition was more strongly influenced by the composition of the neighboring rocks than that of the hydrothermal fluids, especially when the tourmalinite was deposited in an intermediate to distal position in relation to the volcano-exhalative center. Turmalinitos associados a anfibolitos, metachert, formação ferrífera, metatufos, rochas metassedimentares, metavulcanoclásticas e calciossilicáticas são encontrados na Formação Morro da Pedra Preta, seqüência metavulcano-sedimentar basal do Grupo Serra do Itaberaba (SP - Brasil). A deformação da rocha, que é formada por leitos ricos em turmalina alternados com leitos ricos em quartzo, a presença de clastos do tipo rip-up e a química de rocha total semelhante à das rochas metassedimentares comprovam a origem sin-sedimentar dos turmalinitos. Análises químicas da turmalina por microssonda eletrônica mostram que, para a turmalina dos turmalinitos associados a metatufos, formação ferrífera, metachert e rochas metavulcanoclásticas e metassedimentares, as composições são intermediárias à série schorlita-dravita, enquanto para os turmalinitos associados a anfibolitos, metatufos e a rochas calciossilicáticas, as composições são intermediárias à série dravitauvita. As primeiras apresentam conteúdos baixos de Ca e elevados de Al e Na, com variações nos teores de Fe e Mg (série schorlita-dravita), e as últimas são caracterizadas por teores baixos de Na e Al e altos de Mg e Ca, contendo adicionalmente flúor. A componente schorlita da turmalina dos turmalinitos situados em porções proximais aos centros de atividade vulcano-exalativa de fundo oceânico é indicativa do potencial para ouro da Formação Morro da Pedra, o que contrasta com as condições requeridas para a formação de depósitos de sulfetos maciços (fluidos hipersalinos e associação com turmalinitos magnesianos). A turmalina dos vários turmalinitos da Formação Morro da Pedra Preta não é tipicamente magnesiana e sua composição foi mais fortemente influenciada pela composição das rochas circundantes do que por aquela dos fluidos hidrotermais, especialmente no caso em que o turmalinito se depositou em uma posição intermediária a distal em relação ao centro de atividade vulcano-exalativa.