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Arqueologia Funerária: a materialidade da vida após a morte
Autor
Plens, Cláudia Regina
Resumen
Contextos arqueológicos de singular preservação de remanescentes ósseos no contexto brasileiro possibilitaram uma série de investigações acerca da Arqueologia Funerária de um sambaqui fluvial do Holoceno Médio, no sul de São Paulo, o sítio Moraes e, também, permitiram a formulação de debates acerca da economia e da alimentação do grupo, que se apresenta com a mais longa continuidade cultural no Brasil, 9000 anos. Para tanto, o presente artigo apresenta os avanços e os desencadeamentos obtidos nas pesquisas dos sambaquis fluviais. Apresenta brevemente uma discussão sobre a alimentação e a economia alcançada a partir da análise zooarqueológica e de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio para, então, analisar sepultamentos a partir da metodologia da Arqueotanatologia, proposta por Henry Duday. Por fim, será apresentada uma análise global, a partir da associação de diferentes métodos, análise lítica, sedimentológica, análise componencial volumétrica (ACV) zooarqueológica, de isótopos estáveis e da arqueotanatologia, que permitiu uma compreensão pormenorizada do processo construtivo do contexto funerário do sítio Moraes.