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Materialidade e comemoração da morte no Principado romano: uma leitura dos Funera de Druso e Germânico em Tácito (séculos I-II d. C.)
Autor
Omena, Luciane Munhoz de
Gomes, Erick Messias Costa Otto
Resumen
Este artigo tem como objetivo compreender as representações da morte e suas relações com a memória, a partir das procissões funerárias nos Anais de Tácito, em diálogo com os vestígios materiais. Traçaremos algumas reflexões críticas acerca dos rituais mortuários, já que os funerais se transformavam em espetáculos de poder em todo o império. Torna-se, então, relevante analisar a procissão funerária e seu desenrolar no espaço urbano, pois, juntamente com seus integrantes, os símbolos e as insígnias, incorporavam um cerimonial teatralizado, que colocava em cena o morto na estrutura de poder e sua posição nas gerações da família. Para tanto, devemos nos concentrar nos funerais de Germânico e Druso e, a partir daí, compreender as dimensões simbólicas da morte para a manutenção e legitimação da domus de Tibério na aula imperial.