Objetivo: Verificar os fatores associados à disfonia crônica autorreferida pelas professoras das escolas municipais de Montes Claros – MG. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e analítico. A variável dependente referiu à existência ou não de alteração vocal sendo excluídas aquelas com queixas vocais com menos de 21 dias. As participantes responderam um questionário contendo dados sociodemográficos, econômicos, organizacionais, ambientais, de estilo de vida, processo saúde-doença e dados sobre a própria voz. Realizou-se análise bivariada por meio do teste qui-quadrado de Pearson e análise múltipla por meio da Regressão de Poisson, com variância robusta. Resultados: A prevalência de alteração vocal crônica autorreferida foi de 39,7%. Os sinais e sintomas mais referidos foram garganta seca, rouquidão, cansaço vocal, pigarro e falha na voz. As variáveis que permaneceram associadas à alteração vocal crônica autorreferida foram o ruído incomodativo a insuportável fora da escola, ausência de exercício físico e consulta médica para a voz. Conclusão: Registrou-se uma elevada prevalência de disfonia crônica. Condições de trabalho inadequadas e hábitos de vida não saudável estão entre os fatores associados.Descritores: Voz, Docentes, Saúde do Trabalhador, Disfonia, Condições de Trabalho.