Artigo de Periódico
Antipassive structure in Tenetehára (Tupi-guarani family)
Fecha
2016-10-06Autor
Fábio Bonfim Duarte
Quesler Fagundes Camargos
Ricardo Campos Castro
Institución
Resumen
O presente trabalho pretende descrever e examinar as construções antipassivas na língua Tenetehára (família linguística Tupí-Guaraní). Mostraremos que as construções transitivas, ao receberem o morfema {puru-}, passam a exibir as seguintes propriedades
gramaticais típicas de sentenças antipassivas: (i) elas adquirem estrutura sintática intransitiva e (ii) o Caso abstrato do argumento interno não é valorado pelo v, mas pela posposição -ehe. Usando uma abordagem minimalista, mostraremos que a principal diferença entre uma oração antipassiva e uma transitiva é que embora o vP antipassivo selecione um argumento externo, seu núcleo não é capaz de valorar o Caso abstrato do argumento interno. Por essa razão, o objeto é dependente da posposição -ehe para o Caso oblíquo. Além disso, diferentemente do que acontece na derivação de construções transitivas, o traço-φ do vP antipassivo é lexicalmente valorado, o que não permite a concordância (sistema nominativo), em termos de traços-φ, com seu argumento externo. O resultado é que este argumento externo se move para uma posição de Spec-vP mais alta na configuração arbórea, cujo núcleo é instanciado pelo verbo {-wer} “querer”, com o qual este DP estabelece concordância em termos de traços-φ, desencadeando o segundo paradigma de concordância (sistema absolutivo).