Artigo de Periódico
Implantable cardioverter-defibrillator in chagas heart disease: a systematic review and meta-analysis of observational studies
Fecha
2018-05-29Registro en:
10.1016/j.ijcard.2018.05.091
0167-5273
Autor
Andre Carmo
Marcos Roberto de Sousa
Juan Agudelo
Eric Boersma
Manoel Rocha
Antonio Ribeiro
Carlos Morillo
Institución
Resumen
Contexto:
Em pacientes com cardiomiopatia chagásica (ChCM), a morte súbita cardíaca (MSC) é a principal causa de mortalidade. O cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) é uma terapia bem estabelecida para prevenção secundária em pacientes com doença cardíaca estrutural, mas há opiniões conflitantes sobre sua eficácia e segurança em pacientes com ChCM. O objetivo desta meta-análise foi avaliar a eficácia do CDI para prevenção secundária em pacientes com ChCM, comparando a mortalidade como desfecho primário de pacientes tratados com CDI com aqueles tratados com amiodarona.
Métodos:
Pesquisamos sistematicamente cinco bancos de dados para estudos que avaliam os resultados de mortalidade em pacientes com ChCM e taquicardia ventricular sustentada (TV) tratados com implante de CDI ou com amiodarona. Os resultados dos estudos foram agrupados usando modelagem de efeitos aleatórios.
Resultados:
Não houve ensaio clínico randomizado comparando a eficácia do CDI versus tratamento médico em pacientes com ChCM. Seis estudos observacionais foram incluídos, totalizando 115 pacientes no grupo amiodarona e 483 pacientes no grupo CDI. O desfecho de mortalidade na população com CDI foi de 9,7 por 100 pacientes-ano de acompanhamento (IC 95% 5,7–13,7) e 9,6 por 100 pacientes-ano no grupo amiodarona (IC 95% 6,7–12,4) (p=0,95) . A metarregressão não mostrou associação com fração de ejeção do VE (p=0,32), idade (p=0,44), uso de betabloqueador (p=0,33) ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (p=0,096).
Conclusão:
A melhor evidência disponível derivada de pequenos estudos observacionais sugere que a terapia com CDI na prevenção secundária de morte súbita (TV ou MSC ressuscitada) não está associada a menor taxa de mortalidade por todas as causas em pacientes com ChCM. Ensaios clínicos randomizados são necessários para responder a essa pergunta.