Artigo de Periódico
Erosive tooth wear knowledge in a brazilian dental school: what has changed after a decade?
Fecha
2021-12Autor
Ana Paula Hermont
Lorena Castro Rocha
Isabela Almeida Pordeus
Sheyla Márcia Auad
Institución
Resumen
Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento relacionado ao desgaste dentário erosivo entre pacientes, alunos e docentes de uma faculdade de odontologia brasileira, e compará-lo com um estudo anterior, realizado dez anos antes, no mesmo ambiente acadêmico. Trata-se de um estudo transversal controlado, envolvendo 289 participantes, que foi realizado em uma faculdade de odontologia em Belo Horizonte, sudeste do Brasil. O conhecimento do desgaste erosivo foi avaliado por um questionário autoaplicável. A análise estatística utilizou o teste qui-quadrado e teste Z ajustado pela correção de Bonferroni (p<0,05). Aprovação ética e consentimento informado foram obtidos. Dentre os 289 participantes, 71,0% já ouviram falar sobre o desgaste dentário erosivo, com menor percentual entre os pacientes (p<0,001). Alunos e docentes frequentemente mencionaram transtornos alimentares e dieta ácida como os principais fatores etiológicos para o desgaste erosivo (p<0,001).No entanto, os pacientes relataram bactérias (p=0,026) e má higiene bucal (p=0,002) como fatores etiológicos. A comparação entre os resultados atuais e o estudo anterior não mostrou aumento significativo quanto aos participantes que tinham ouvido falar sobre a essa implicação dentária (p>0,499). Também não houve melhora no conhecimento do desgaste erosivo entre os pacientes (p>0,227), e nenhuma diferença significativa quando eles foram questionados se haviam recebido recomendações preventivas dos alunos (p=0,303). No entanto, houve uma melhora significativa em todas as variáveis em relação às habilidades diagnósticas dos alunos (p<0,005) e no conhecimento dos sinais e sintomas do desgaste erosivo entre os docentes (p=0,030). Em conclusão, o conhecimento do desgaste dentário erosivo ainda não está totalmente incorporado pela amostra. No entanto, houve uma melhoria nas habilidades de diagnóstico dos alunos e docentes desde o último estudo, realizado em 2010.