Artigo de Periódico
Trends and predictors of non-communicable disease multimorbidity among adults living with HIV and receiving antiretroviral therapy in Brazil
Fecha
2019Registro en:
17582652
0000-0002-7599-8173
0000-0001-6833-3870
Autor
Jessica Castilho
Unaí Tupinambás
Carlos Brites
Catherine McGowan
Alexandre Grangeiro
Beatriz Grinsztejn
Maria Escuder
Valdiléa Veloso
Jackeline Gomes
Karu Jayathilake
Sayonara Ribeiro
Rosa Souza
Maria Ikeda
Paulo de Alencastro
Institución
Resumen
Introdução: Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em terapia antirretroviral (TARV) apresentam altas taxas de doenças não transmissíveis (DCNT). Essas comorbidades geralmente se acumulam e os idosos podem sofrer de multimorbidade. A multimorbidade tem sido associada à perda de qualidade de vida, polifarmácia e aumento do risco de fragilidade e mortalidade. Pouco se sabe sobre as tendências ou preditores de multimorbidade por DCNT em PVHIV em países de baixa e média renda. Métodos: Examinamos a multimorbidade por DCNT em PVHIV adultas iniciando TARV entre 2003 e 2014 usando uma coorte observacional multilocal no Brasil. As DNTs incluíam doença arterial cardiovascular, hiperlipidemia (HLD), diabetes, doença renal crônica, cirrose, osteoporose, osteonecrose, tromboembolismo venoso e cânceres não definidores de AIDS. A multimorbidade foi definida como o acúmulo incidente de duas ou mais DCNT únicas. Usamos regressão de Poisson para examinar tendências e modelos de risco proporcional de Cox para examinar preditores de multimorbidade. Resultados: Dos 6.206 adultos, 332 (5%) desenvolveram multimorbidade durante o período do estudo. Paralelamente ao envelhecimento da coorte, a prevalência de multimorbidade aumentou de 3% para 11% no período do estudo. Idade avançada, sexo feminino (taxa de risco ajustada (aHR) = 1,30 (intervalo de confiança (IC) de 95% 1,03 a 1,65)) e nadir CD4 baixo (<100 vs. ≥200 células/mm3 aHR = 1,52 (95% CI: 1,15 para 2,01)) na entrada da coorte foram significativamente associados ao aumento do risco de multimorbidade. Entre os pacientes com multimorbidade incidente, as DCNT mais comuns foram HLD e diabetes; entretanto, a osteoporose também foi frequente em mulheres (16 vs. 35% de homens e mulheres com multimorbidade, respectivamente). Conclusões: Entre PVHIV adultas no Brasil, a multimorbidade por DCNT aumentou de 2003 a 2014. Mulheres e adultos com CD4 nadir baixo apresentaram risco aumentado em análises ajustadas. São necessários mais estudos que examinem a prevenção, triagem e manejo de DNTs em PVHIV em países de baixa e média renda.